Turismo do sono: conheça a tendência de viajar para dormir bem e outras formas de ‘turistar’

Uma pesquisa realizada pela plataforma Booking.com revela que, conforme um ano se encerra e outro começa, sentimentos de cansaço e estresse surgem como resultado do acúmulo de informações – que compreendem notícias de política ou de violência –, do aumento do custo de vida e até mesmo das preocupações com as mudanças climáticas. É aí que entra o turismo do sono.
A tendência tem crescido entre as pessoas que buscam se desconectar emocionalmente das notícias e dos acontecimentos nacionais e globais para fazer uma pausa necessária, dando mais importância ao sono durante as viagens.
Cada vez mais, as pessoas buscam hospedagens e destinos que proporcionem um ambiente propício para relaxar e recarregar as energias. Isso inclui escolher acomodações com ambientes tranquilos, serviços de spa e atividades que promovam o bem-estar, contribuindo para uma experiência de viagem mais revitalizante.
A pesquisa realizada pela Booking.com ainda mostra que existem mais de 27 mil viajantes, em 33 países, que priorizam esse tipo de turismo global.
A seguir, conheça algumas preferências dos viajantes.
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Turismo noturno
Ao trocar a luz do dia pela noite, quase dois terços (64%) dos viajantes brasileiros pensam em visitar destinos com céus mais escuros.
As experiências mais buscadas são:
- contemplação de estrelas (79%),
- observação de constelações (62%),
- eventos cósmicos raros (61%)
- e guias astronômicos (60%).

Mudanças climáticas alteram preferência dos viajantes
Preocupações com a mudança climática também influenciaram essa transformação no comportamento dos turistas. Dentre os viajantes brasileiros, 57% pretendem aumentar o número de atividades noturnas para evitar as temperaturas altas durante o dia, e 36% preferem passar as férias em locais mais frios.
A proteção contra os raios UV é importante para 67% dos viajantes, que querem reduzir a quantidade de tempo de exposição ao sol. Seguindo essa tendência, mais da metade (56%) pretende planejar atividades à noite e no início da manhã, quando o sol está em seu ponto mais baixo.
A valorização do período noturno também está aprofundando as conexões dos viajantes com a natureza, já que a maioria dos turistas entrevistados (54%) reservaria uma acomodação sem luzes para incentivar menos poluição luminosa e preservar a flora e a fauna.
Destinos que melhoram a longevidade
As férias estão se transformando em mais do que apenas um momento de relaxamento. Motivadas pelo desejo de cultivar melhores escolhas de estilo de vida, quatro em cada cinco (78%) pessoas do Brasil se interessam por um retiro de longevidade. Isso envolve a escolha por itinerários tradicionais de bem-estar ao invés de soluções temporárias pela busca de uma vida mais longa e saudável.
A revitalização profunda é prioridade, com procedimentos:
- de vibração corporal (65%);
- terapias de luz vermelha (60%);
- crioterapia (52%);
- tratamento com células-tronco (50%).
Quase nove em cada dez (87%) viajantes brasileiros buscam novas atividades de bem-estar que possam ser incorporadas ao dia a dia, incluindo aprender sobre ingestão cronometrada de café (39%) e terapia intravenosa (31%).
Além disso, os brasileiros ocupam o quinto lugar nas nacionalidades que mais pagariam por férias cujo único propósito fosse prolongar sua expectativa de vida e bem-estar (76%), empatando com os mexicanos neste quesito e ficando atrás dos tailandeses (81%), indianos (79%), emiradenses (79%), e colombianos (77%).
Itinerários Alternativos
Novas tecnologias já estão ajudando os viajantes a encontrarem experiências adaptadas às próprias necessidades. No entanto, para 2025, estão previstas implementações de inovações para ajudar os turistas a suprirem suas necessidades de destinos que desejam visitar.
Quatro em cada cinco (83%) turistas do Brasil usarão a tecnologia para tomar decisões e encontrar experiências autênticas, não apenas para respeitar os locais que visitam, mas também para contribuir positivamente com eles.
Entre os viajantes do País, 49% se interessam em usar a Inteligência Artificial (IA) para selecionar viagens, abrindo as portas para itinerários que incentivam conexões mais profundas e positivas com locais e comunidades.
A pesquisa também indica que os viajantes brasileiros adotarão uma abordagem mais responsável sobre a forma como usam a tecnologia. Um quarto (26%) não marcará locais nas redes sociais quando visitar um destino menos conhecido, a fim de mantê-lo em segredo e evitar incentivar multidões de “Instaturistas”.
Diante disso, 44% da Geração Z e 43% dos millennials brasileiros reconsiderariam visitar um destino que não pudessem marcar sua localização.
A tecnologia também ajudará a encontrar alternativas que possam ser compartilhadas sem a culpa de sobrecarregar os pontos turísticos. O levantamento também aponta que 83% dos viajantes brasileiros esperam usar a tecnologia para encontrar regiões menos movimentadas para relaxar melhor.
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