Turismo

Vila Galé vai produzir vinhos e azeites em Ouro Preto

Já foram plantadas no local as variedades de uva Touriga Nacional, Syrah e Olá!; azeites também serão elaborados
Vila Galé vai produzir vinhos e azeites em Ouro Preto
Hotel, com 298 quartos, no distrito de Cachoeira do Campo, vai consumir aporte de R$ 120 mi | Crédito: Divulgação / Vila Galé

A construção do primeiro empreendimento Vila Galé em Minas Gerais, na histórica Ouro Preto (região Central), segue em ritmo acelerado. O hotel, com 298 quartos, no distrito de Cachoeira do Campo, vai consumir investimento de R$ 120 milhões.

De acordo com o presidente da Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida, a novidade é que a unidade, batizada como Vila Galé Collection Ouro Preto, vai produzir vinhos e azeites. Já foram plantadas as variedades de uva Touriga Nacional, Syrah e Olá!; e serão testadas Pinot Noir, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Alvarinho e Arinto.

Experiente na produção de vinhos e azeites em Portugal, a empreitada em Ouro Preto será a primeira fora do país europeu.

“Estamos plantando parreiras e oliveiras para que já tenhamos produção na inauguração, no fim do ano. Ouro Preto oferece condições muito interessantes para as duas culturas, com água em abundância, clima ameno e altitude adequada. Temos grandes expectativas, mas se não conseguirmos fazer um bom vinho ou um bom azeite teremos, ao menos, um jardim incrível”, afirma Almeida.

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O bom humor do empresário disfarça a expertise de quem já produz a marca Santa Vitória, na região do Alentejo, desde 2002.

Azeite Santa Vitória
Grupo já produz a marca Santa Vitória, na região do Alentejo | Crédito: Divulgação / Santa Vitória

O Vila Galé em Ouro Preto surge a partir das ruínas das antigas instalações do Colégio Dom Bosco e que também abrigaram o Quartel do Regimento de Cavalaria do Estado. Recuperado e modernizado, o espaço vai abrigar também um memorial da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais e outro da Ordem dos Salesianos.

“Este é um lugar ímpar em belezas naturais, artísticas e culturais. Quando chegamos pensei que poderia aproveitar mais da infraestrutura, porém o desgaste era muito grande. Mas, se a cada visita descobrimos mais coisas a serem feitas, ao mesmo tempo, também criamos novidades. Assim, o projeto passou de 228 para 298 quartos e de R$ 80 milhões para R$ 120 milhões. O Brasil precisa apostar na sua originalidade, naquilo que não pode ser replicado. Este é um exemplo. O País é lindo, diverso e rico em cultura e isso precisa ser conhecido pelo mundo”, pontua.

Enquanto desenvolve cada detalhe do novo hotel, o empresário conversa com a prefeitura de Ouro Preto e com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) sobre a melhoria do acesso ao empreendimento. O mesmo acontece com a prefeitura de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que receberá o segundo empreendimento da Vila Galé no Estado.

“A questão do acesso é sempre um desafio no Brasil. Já estamos em conversação com os poderes público estadual e municipal sobre isso. Hoje, para chegar em Ouro Preto o turista que chega ao Aeroporto, em Confins, precisa atravessar Belo Horizonte inteira e enfrentar o trânsito da Capital. Podemos pensar em rotas mais fáceis e estamos aqui para ajudar nessas soluções. Conversamos também com a prefeitura de Brumadinho sobre a modernização da ligação entre a cidade e Ouro Preto e essa questão parece já estar encaminhada”, destaca.

Ao passo que as obras em Ouro Preto avançam, o anúncio do investimento em Brumadinho também movimenta a região. O terreno de 10 hectares, a quatro quilômetros do Inhotim, foi escolhido em dezembro do ano passado. A área, que deverá ser doada pela Prefeitura Municipal, é avaliada em R$ 2,5 milhões.

Sem dar detalhes, o executivo não descarta a possibilidade de outros investimentos em Minas Gerais.

“Não gosto de falar de negócios que ainda são incipientes, mas o Estado é fantástico, com paisagens tão exuberantes como variadas. Estamos sempre prospectando oportunidades, mas temos bastante trabalho a fazer aqui e em outros estados brasileiros. Então, outros empreendimentos em Minas são possíveis, mas não no médio prazo”, avalia o presidente da Vila Galé.

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