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“A Cinemateca é Brasileira” exibe clássicos

Até o dia 11 de outubro, o Cine Humberto Mauro passará 12 clássicos nacionais
“A Cinemateca é Brasileira” exibe clássicos
Crédito: Divulgação

Em julho de 2021, a população brasileira foi surpreendida com a notícia de que um incêndio havia atingido um dos galpões da Cinemateca Brasileira, no bairro Vila Leopoldina, em São Paulo. O prédio guardava um amplo acervo de roteiros, cópias de filmes e equipamentos antigos.

Em 2022, a Cinemateca Brasileira passou por um processo de reconstrução, liderado por sua Sociedade de Amigos. E uma das principais iniciativas desta nova etapa foi a criação da mostra “A Cinemateca é Brasileira”, projeto itinerante com títulos que perpassam diferentes momentos históricos, propostas estéticas e abordagens temáticas, demonstrando a riqueza do cinema brasileiro ao longo dos seus mais de 120 anos de história.

A partir de amanhã e até o próximo dia 11, o Cine Humberto Mauro receberá a exibição de 12 clássicos nacionais, com direito a uma sessão comentada e uma exposição artística com obras que serão instaladas no saguão próximo à entrada do cinema. “A Cinemateca é Brasileira”, é uma iniciativa da Cinemateca, com apoio da Fundação Clóvis Salgado (FCS). Toda a programação é gratuita. Especificamente na próxima sexta-feira (6), às 19h30, haverá a exibição, também gratuita, do norte-americano “Os Excêntricos Tenenbaums” (2001), de Wes Anderson, como parte do programa Cinema e Psicanálise.

A atração de estreia da mostra será com o filme “Jeca Tatu” (1959), de Milton Amaral, amanhã, às 17h, em mais uma edição do “História Permanente do Cinema”. A sessão será comentada pelo cineasta, professor e produtor cultural Sávio Leite.

Serão exibidos também os filmes “Limite” (1931), de Mário Peixoto; “Central do Brasil” (1998), de Walter Salles; “Cidade de Deus” (2002), de Fernando Meirelles e Kátia Lund; “O Cangaceiro” (1953), de Lima Barreto; “O Pagador de Promessas” (1962), de Anselmo Duarte; Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade; “À Meia-Noite Levarei Sua Alma” (1964), de José Mojica Marins; “O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla; “Cinco Vezes Favela (1962), de Miguel Borges, Joaquim Pedro de Andrade, Carlos Diegues, Marcos Farias e Leon Hirszman; “Ilha das Flores” (1989), de Jorge Furtado; “A Hora da Estrela” (1985), de Suzana Amaral; e “Bacurau” (foto), de 2019, de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho.

De acordo com Vitor Miranda, gerente do Cine Humberto Mauro, “as parcerias com a Cinemateca Brasileira são sempre muito bem-vindas, pois compartilhamos da missão de preservar, fomentar e divulgar a nossa cultura. Nesta mostra reunimos uma seleção de filmes obrigatórios para qualquer pessoa que queira conhecer o cinema nacional”, afirmou.

“Além do trabalho de preservação, uma das nossas principais funções é a difusão do audiovisual brasileiro. Então, é muito significativo para nós reforçar laços com uma instituição cultural como o Palácio das Artes, com uma seleção de filmes nacionais tão relevantes”, explica a diretora geral da Cinemateca Brasileira, Maria Dora Mourão. “Também vamos inaugurar no Palácio das Artes uma exposição sobre a história da Cinemateca, e consequentemente do cinema no Brasil, que depois poderá ser vista em outras cidades do País”, ressaltou.

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