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“A Vida Invisível” representa o Brasil na corrida do Oscar

“A Vida Invisível” representa o Brasil na corrida do Oscar
Crédito: Divulgação

São Paulo – O filme “A Vida Invisível”, do diretor Karim Aïnouz, desbancou outros 11 filmes e foi escolhido ontem para ser o representante do Brasil na corrida ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. O anúncio foi feito pela Academia Brasileira de Cinema. O filme vai concorrer a uma vaga entre os cinco indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro do próximo ano.

A première do filme será realizada na próxima sexta-feira, em Fortaleza, no 29º Cine Ceará – Festival Ibero-Americano de Cinema. “A Vida Invisível” ganhou o prêmio principal da mostra paralela Un Certain Regard, no Festival de Cannes deste ano.

O filme é baseado no livro “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, de Martha Batalha, e conta a história das irmãs Gusmão, Eurídice e Guida. Eurídice é uma jovem talentosa e introvertida. Guida é o oposto de seu temperamento em relação ao convívio social. Ambas vivem em um rígido regime patriarcal, o que faz com que trilhem caminhos distintos: Guida decide fugir de casa com o namorado, enquanto Eurídice se esforça para se tornar uma musicista, ao mesmo tempo em que precisa lidar com as responsabilidades da vida adulta e um casamento sem amor. O filme estreia nos cinemas brasileiros no dia 31 de outubro.
Fernanda Montenegro e Carol Duarte dividem o papel de Eurídice, enquanto Julia Stockler interpreta Guida.

A última vez que o Brasil concorreu nessa categoria foi em 1999, com “Central do Brasil”, de Walter Salles, filme que também contava com a participação da atriz Fernanda Montenegro, que foi inclusive indicada ao Oscar de melhor atriz naquele ano.

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A “Vida Invisível” foi selecionado por uma comissão formada pela Academia Brasileira de Cinema, composta, entre outros, pelos cineastas Anna Muylaert e Zelito Viana; o idealizador do festival É Tudo Verdade, Amir Labaki; e a diretora de programação do festival do Festival do Rio, Ilda Santiago; entre outros.

O diretor cearense Karim Aïnouz iniciou sua carreira no cinema como co-roteirista de filmes nacionais, como Abril Despedaçado (2001) de Walter Salles, Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes, e Cidade Baixa (2005), de Sérgio Machado.

Depois de “Madame Satã”, seus longas seguintes foram “O Céu de Suely” e “Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo” (co-dirigido com Marcelo Gomes) que estrearam no Festival de Veneza na Mostra Orizzonti em 2006 e 2009, respectivamente. Em 2011 o filme “O Abismo Prateado” teve sua estreia mundial no Festival de Cannes, na Quinzena dos Realizadores, e recebeu o prêmio de Melhor Diretor no Festival do Rio. Em 2014, Aïnouz lançou o filme “Praia do Futuro”. Filmado no Brasil e na Alemanha, a produção participou da Competição Oficial do 64° Festival de Berlim.

Se for escolhido pela Academia de Artes e Ciências de Hollywood para disputar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, “A Vida Invisível’ terá como concorrentes provavelmente “It Must Be Heaven”, de Elia Suleiman, que recebeu menção honrosa na Palma de Ouro em Cannes e “System Crasher”, de Nora Fingscheidt, vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim.

Depois de cada país apontar seu representante, um comitê de 300 pessoas em Los Angeles assiste cada um dos filmes e elenca apenas seis para a categoria. As outras três vagas são definidas por outro grupo, formado por integrantes da Academia. Assim, nove títulos competem pelo prêmio. O anúncio dos filmes estrangeiros finalistas ao Oscar será no dia 13 de janeiro. A cerimônia do Oscar será no dia 9 de fevereiro. (ABr)

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