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Nova ‘agenda verde’ de BH vai requalificar regiões e criar parques municipais

Nova ‘agenda verde’ de BH vai requalificar regiões e criar parques municipais
Recentemente a prefeitura fez o planitil de novas mudas na Praça Raul Soares, no Hipercentro de Belo Horizonte | Crédito: Adão de Souza/PBH

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) lançou nesta quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, a nova agenda verde do município. O plano contempla um conjunto de projetos e ações destinados à proteção e requalificação de áreas verdes na cidade. Áreas protegidas, recursos hídricos e corredores verdes também estão previstos.

O Parque Ciliar Comunitário do Onça, no Conjunto Ribeiro de Abreu, região Nordeste da cidade, por exemplo, é um dos locais inseridos entre as requalificações. O local, com 7 km e criado dentro do conceito de “cidade esponja”, tenta imitar a maneira como a natureza absorve, armazena e libera a água em espaços urbanos.

O plano foi anunciado pelo prefeito Fuad Noman (PSD), que na ocasião, também assinou dois decretos municipais que autorizam a criação de novas áreas verdes protegidas. Os textos vão declarar como sendo de utilidade pública para fins de desapropriação imóveis e benfeitorias situados em matas. São eles:

  • Parque Mosteiro Tom Jobim, no Luxemburgo, região Centro-Sul de Belo Horizonte. No bairro, há matas que reúnem espécies nativas de Cerrado;
  • Parque Jardim América, no Jardim América, região Oeste. Na região há uma mata que leva o nome do bairro e que segundo pesquisa realizada pelo biólogo Cássio Nunes, vivem espécies de pássaros ameaçados de extinção.

O outro decreto prevê anexar ao Parque Mosteiro Tom Jobim, uma área pública, fazendo com que o parque seja ampliando em mais de 15 mil metros quadrados.

Milheiro de mudas para a avenida Antônio Carlos e aterro transformado em parque na BR-040

Ainda como parte da agenda, o prefeito afirmou que vai lançar um concurso para a escolha do projeto que prevê transformar o aterro da BR-040 em um novo parque. Além disso, a avenida Antônio Carlos receberá um grande corredor verde, com o plantio de mil árvores no local, e o envio para a Câmara Municipal de um novo projeto de lei tratando das emergências climáticas.

Prefeito Fuad Noman (PSD) | Crédito: Rodrigo Clemente/PBH

População terá acesso ao arvorômetro

Outro ponto da Agenda é o Arvorômetro, uma ferramenta que possibilitará ao cidadão consultar o andamento dos plantios de árvores na cidade. Entre 2021 e 2023, a prefeitura plantou 74 mil árvores nas nove regionais da cidade e a meta é chegar a 100 mil até o final de 2024, o que será registrado pelo Arvorômetro.

A PBH vai também, nessa Nova Agenda Verde, lançar o Plano Municipal de Arborização Urbana (PMAU), trabalho que será executado por uma empresa especializada já contratada. O objetivo é elaborar um planejamento estratégico de longo prazo, até 2050, ano em que o Executivo municipal espera ter 1 milhão de árvores plantadas. Atualmente, a Capital possui cerca de 500 mil.

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Jardins filtrantes e miniflorestas

Ampliar os benefícios da arborização urbana por meio de novos plantios de árvores, educar a população sobre o manejo e cuidado com a arborização urbana, reforçar e estimular em todo o território municipal a cultura de proteção da arborização urbana, e recursos de controle de poluentes, pragas doenças são alguns dos desafios da prefeitura para os próximos meses. Confira, a seguir, outras ações verdes que serão desenvolvidas pela PBH:

Parque Ciliar do Onça

Com percurso de 7 Km, 627,5 hectares e cortando 11 bairros da Capital, segundo a PBH, o Ribeirão do Onça será despoluído. No local serão implantados os “jardins filtrantes”, que usam plantas para filtrar as impurezas das águas pluviais. Para dar início às obras, a prefeitura removeu 900 famílias das margens do córrego, exatamente nas áreas que costumam ser alagadas nos períodos de chuvas. Outras 600 famílias ainda serão retiradas.

O projeto foi realizado por meio do acordo de cooperação entre a PBH e a Organização das Nações Unidas (ONU) Habitat, a partir do Programa Global de Espaços Públicos da entidade. O investimento na obra é de R$ 150 milhões, o que inclui também as obras de macrodrenagem no Ribeirão do Onça e o prazo previsto para a implantação do parque é de três anos.

Miniflorestas urbanas

Como mais uma forma de fortalecer o ecossistema em grandes espaços urbanos da Capital, a PBH começou a implantar, em 2022, as miniflorestas. Já foram implantadas 16 dessas miniflorestas nas nove regionais da cidade e, até o final do ano, mais 11 serão criadas. Com plantios mais adensados, o objetivo é criar ilhas de biodiversidade em áreas pouco vegetadas, além de novos espaços de resfriamento, tornando a cidade mais sustentável. (Com informações da PBH)

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