AML lança revista impressa e digital
                            A Academia Mineira de Letras (AML) comemora 112 anos e, como sempre, quem ganha é o público. Para marcar a ocasião, será lançada, no próximo sábado, a 80ª edição da Revista da Academia Mineira de Letras, nas versões impressa e digital.
No dia do lançamento, em cerimônia fechada para convidados, a instituição também vai anunciar a realização de um sonho: a digitalização completa dos 80 números da revista, todos disponíveis gratuitamente, no site da instituição: www.academiamineiradeletras.org.br. O catálogo do acervo da AML estará disponível para consulta do público em geral, também pelo site, a partir do mesmo dia.
Para o presidente da Academia Mineira de Letras, Rogério Faria Tavares, a revista da Academia, editada desde 1922, chega ao número 80 em plena forma. “O volume tem mais de 600 páginas, capa do acadêmico Márcio Sampaio e ‘orelha’ do professor Arnaldo Saraiva, da Universidade do Porto. A publicação homenageia 35 mulheres mineiras que se dedicaram à Literatura, em ensaios encomendados especialmente para esse número. O que buscamos foi gerar uma fonte de consulta e pesquisa para os estudiosos da área, além de difundir, para o grande público, esse incrível repertório literário, que enriquece nossa vida cultural”, revela.
O número 80 conta com texto de apresentação do presidente da AML, poema de Flávia de Queiroz e quatro seções especiais, organizadas como capítulos temáticos.
Na primeira parte, o público poderá conferir diversos artigos sobre a história dos oitenta anos da Revista, assim como detalhes sobre o acervo da instituição e como está sendo gerido atualmente. Compõe ainda essa seção um texto sobre o acervo epistolar do acadêmico Eduardo Frieiro.
Já a segunda é dedicada ao Biênio da Língua Portuguesa, celebrado pela AML entre 2019 e 2021. Ela contém textos do cônsul de Portugal em Belo Horizonte, Rui Nuno de Almeida, sobre a política externa portuguesa nos assuntos relativos à lusofonia; do embaixador Lauro Moreira, sobre a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa; de Rogério Faria Tavares, sobre a CPLP na perspectiva da diplomacia brasileira.
A terceira seção apresenta denso conteúdo sobre os acadêmicos. São textos escritos sobre os acadêmicos Hindemburgo Chateubriand Pereira Diniz (por Antonio Anastasia), Wander Melo Miranda (por Heloísa Starling), Caio Boschi (por Eliana Dutra), Patrus Ananias (por Bernardo Mata Machado), Pedro Aleixo (pelo padre José Carlos Brandi Aleixo), Oscar Dias Correa (por Oscar Correa Junior), Ibrahim Abi Ackel (por Marina Camisasca), Maria Esther Maciel (por Jacques Fux) e Angelo Oswaldo de Araújo Santos (por Anelito de Oliveira), entre vários outros.
Dossiê especial – Na quarta seção da Revista, o leitor encontra o dossiê especial sobre 27 mulheres mineiras que se dedicaram à literatura, organizado por Constância Lima Duarte e Rogério Faria Tavares. Ele contém textos sobre Ana Martins Marques, Ana Elisa Ribeiro. Ana Maria Gonçalves, Conceição Evaristo, Carolina Maria de Jesus, Adélia Prado, Maria Lúcia Alvim, Maria Clara Machado, Laís Correa de Araújo, Janete Clair, entre outras.
A Revista da Academia Mineira de Letras foi fundada em 1922, quando o presidente da AML era o poeta Mário de Lima. Ao longo do tempo, ela sempre publicou ensaios, contos, crônicas e poemas, sem restrição de qualquer natureza, guiada sempre pelo critério da qualidade.
Pelas suas páginas, já passaram nomes consagrados e autores estreantes, que nela tiveram a oportunidade de publicar seus primeiros textos. A publicação é uma das mais longevas do país, na sua especialidade (a literatura). O número 79 foi lançado por ocasião dos 110 anos da Academia, com mais de 600 páginas.
A Academia Mineira de Letras foi fundada na cidade de Juiz de Fora, em 1909, por um grupo de jornalistas, escritores, profissionais liberais, homens públicos e militantes ligados à literatura e à cultura.
Os 12 idealizadores da entidade, capitaneados por Machado Sobrinho e integrados por intelectuais como Belmiro Braga, Dilermando Cruz, Amanajós de Araújo e outros expoentes das letras, elegeram 18 intelectuais e representantes do que de melhor existia entre a elite acadêmica de Minas para integrar o projeto.
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