Variedades

Ars Nova homenageia Carlos Alberto

Ars Nova homenageia Carlos Alberto
Crédito: Beatriz Cordeiro

Neste mês, o Ars Nova – Coral da UFMG comemora o aniversário do renomado maestro e premiado compositor Carlos Alberto Pinto Fonseca, que esteve na liderança do coral durante 41 anos. Em sua homenagem, o Ars Nova lança o coro virtual de Ponto de Oxum-Yemanjá, obra composta por Carlos Alberto em 1965.

Ponto de Oxum-Yemanjá (1965) exemplifica a espiritualidade que marca toda a obra de Carlos Alberto – nesse caso, através da temática afro-brasileira. O compositor tinha reconhecido interesse na interlocução entre diferentes culturas, assim como entre a música popular e a chamada música erudita.

O coro virtual é uma produção realizada à distância, em contexto de trabalho remoto que o Ars Nova adotou em março de 2020 devido à pandemia global do novo coronavírus. Sua realização tem parceria da Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Música da UFMG e Pró-Reitoria de Extensão da UFMG.

Os vídeos anteriores, com a obra sacra Agnus Dei, da compositora Emily Doll, e as canções Apesar de Você, de Chico Buarque, e MLK, do U2, estão disponíveis no youtube do Ars Nova.

Carlos Alberto nasceu em Belo Horizonte no dia 7 de junho de 1933. Em sua formação musical, estudou no Conservatório Mineiro de Música, mudou-se para São Paulo e, depois, para Salvador, onde se formou em Regência Coral. Em seguida, fez um curso de Especialização em Regência de Orquestra na Alemanha, e ainda morou na Itália. A partir de 1963, de volta ao Brasil, sua história se entrelaça com a do Ars Nova.

O Ars Nova tem mais de 60 anos de existência – desses, 41 sob a regência de Carlos Alberto Pinto Fonseca. Nesse período, o coro adquiriu reconhecimento mundial. Foram mais de 20 excursões nacionais e internacionais, incluindo festivais como o Concurso Polifônico Internacional Guido d’Arezzo, o Festival de Coros de Atenas e o Festival Internacional de Música de Cantonigròs. Nesse período, foram realizadas cerca de 1.400 apresentações em 79 cidades de 12 estados brasileiros, mais 66 cidades de 17 países, em palcos tão distintos como o Lincoln Center, de Nova York, e a Casa de Ópera Teatro Municipal, de Ouro Preto.

Com Carlos Alberto, o Ars Nova ainda registrou a gravação de oito trabalhos, entre eles, o LP da Missa Afro-Brasileira, composição premiada de Carlos Alberto Pinto Fonseca, em 1987, e a estreia mundial da obra Réquiem de Durante, de Francesco Durante (1684-1755), gravada em 2000. Foi sob a coordenação de Carlos Alberto, também, que o Ars Nova passou a integrar a UFMG – naquele momento, Universidade de Minas Gerais – a convite do então reitor Aluísio Pimenta.

O maestro Lincoln Andrade é natural de Leopoldina, na Zona da Mata, possui doutorado em Regência pela University of Kansas (EUA), mestrado em Regência pela University of Wyoming (EUA), e é licenciado em Música pela Universidade de Brasília. Foi professor e maestro em diversas instituições e coros de prestígio, no Brasil e nos Estados Unidos. Atualmente é professor de regência na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), coordenador e regente do Ars Nova-Coral da UFMG. (Da Redação)

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas