Variedades

BH recebe “Encanto dos Insetos”

Obra inédita da Plataforma Beijo aborda temas como cura, cuidado e ritual; ingressos custam a partir de R$ 10
BH recebe “Encanto dos Insetos”
Crédito: Pablo Bernardo

Após quatro anos de pesquisas, atravessadas por uma pandemia e uma série de transformações no mundo e na arte, a Plataforma Beijo estreia “Encanto dos Insetos”, seu mais novo trabalho nos palcos.

Após os espetáculos “Espécie” e “Projeto Maravilhas”, a obra inédita está em cartaz hoje, amanhã e domingo, às 19h30, na Funarte MG (rua Januária, 68, Centro). Os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia) e podem ser adquiridos no Sympla ou na bilheteria do teatro uma hora antes das apresentações.

Com direção de Fernanda Branco Polse, o trabalho aborda temas como cura, cuidado e ritual, com atravessamentos que vão desde as dificuldades de se viver de arte no País, ao trauma global causado pela pandemia da Covid, além de questões de saúde mental, como depressão e ansiedade, violências de gênero e sexualidade, HIV, entre outras temáticas.

Apesar da dor e do luto, e de inúmeros desafios no processo de criação, “Encanto dos Insetos” não é um trabalho que busca reproduzir os imaginários negativos sobre as vidas LGBTQIAPN+. Como o título sugere, o público vai assistir a uma série de encantamentos performáticos, na tentativa das artistas criadoras de encontrar em cena possibilidades de celebração da existência e de continuar fazendo teatro em meio às adversidades.

O elenco é formado por Igui Leal, Will Soares, Bramma Bremmer e Eli Nunes. A dramaturgia é assinada pelo performer Anderson Feliciano ao lado de Fernanda Branco Polse, bem como de todo elenco e também da artista Aisha Brunno, que foi co-criadora durante os ensaios. 

O projeto que deu origem ao trabalho foi escrito em 2019, antes da pandemia, com o desejo de pesquisar processos de cura. Após a pandemia, o tema se tornou mais complexo, pois o mundo passou a viver um contexto no qual a cura era algo muito concreto: uma vacina, um tratamento. Para artistas presentes em cena e na direção, se no início a cura parecia um lugar a se chegar, a equipe percebeu, após um mergulho mais profundo, que a cura é um processo. Que a obra era muito mais sobre cuidado e presença do que um resultado.

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