BH Stock Festival pode gerar impacto de até R$ 1 bilhão na economia da Capital

A entrada de Belo Horizonte no calendário anual da Stock Car Pro Series foi oficializada nesta quarta-feira (6) durante evento no Palácio das Mangabeiras. O investimento previsto para a realização da corrida na capital mineira pode chegar a R$ 60 milhões. Já o impacto econômico está estimado em aproximadamente R$ 1 bilhão para os próximos cinco anos.
As informações são do CEO da Speed Seven, uma das empresas responsáveis pelo BH Stock Festival, Sérgio Sette Câmara. O Grande Prêmio de Belo Horizonte será a sétima etapa da Stock Car deste ano e vai ser realizado no modelo “circuito de rua”, com aproximadamente 3.200 metros de extensão ao redor do Mineirão, na Pampulha.
O evento também contará com diversas atividades na esplanada do estádio, como shows e experiências gastronômicas. Os custos de todas as intervenções serão de responsabilidade das empresas organizadoras da Stock Car em Belo Horizonte.
Sette Câmara revelou que já surgiram empresas interessadas em apoiar o projeto e que alguns contratos já foram assinados. Segundo o empresário, o objetivo nesse primeiro ano é conseguir igualar os patrocínios ao valor investido.
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“É um investimento muito pesado, porque estamos praticamente montando uma pista. Mas, em contrapartida, também tem a novidade que faz com que tenhamos o interesse de mais empresas”, explicou.
O CEO da Speed Seven também ressaltou os principais benefícios gerados pelo evento na economia de Belo Horizonte. “O BH Stock Festival deve gerar cerca de R$ 200 milhões por etapa. E nossa previsão é de um recolhimento de impostos acima de R$ 25 milhões”, detalhou. Dessa forma, a previsão é que no acumulado dos cinco anos haja impacto de aproximadamente R$ 1 bilhão na economia e de cerca de R$ 100 milhões em impostos.
Além disso, ele lembrou que a corrida na Capital tem o potencial de gerar entre 1,5 mil e 2 mil empregos diretos.
Sette Câmara também agradeceu o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) na preparação para a chegada da principal competição do automobilismo nacional à capital mineira.
“Tenho certeza que esse investimento inicial da prefeitura retornará para os cofres do município já em agosto, e com lucro. E os anos seguintes também irão trazer muitos recursos”.
O prefeito Fuad Nomam (PSD), por sua vez, celebrou a chegada da Stock Car à cidade e comparou a corrida a outros eventos que ja colaboram para a economia de Belo Horizonte, como o Carnaval.
Já o CEO da Vicar, empresa proprietária da Stock Car no Brasil, Fernando Julianelli, destacou qua a competição também serve como uma importante plataforma de negócios, contando com mais de 200 empresas em seu ecossistema. “A Stock Car é um balcão de negócios que, em alguns momentos, organiza uma corrida”, definiu.
Segundo ele, o BH Stock Festival deve se transformar na maior corrida da categoria, podendo ser comparado a eventos como o Rock in Rio. “O BH Stock Festival vai ser a nossa maior corrida, talvez da história. É um evento transformador para a cidade, vamos gerar muito movimento para a economia. Também vamos levar Belo Horizonte para mais de 150 países em quatro línguas diferentes”, reforçou.
O ex-piloto da Formula 1, que atualmente compete na Stock Car, Felipe Massa, citou a visibilidade para a cidade, uma vez que a etapa será transmitida para mais de 171 países. “O mundo já conhece Belo Horizonte, mas é importante uma corrida como essa para trazer business, trabalho e outras coisas”, enumerou.

Questões ambientais
O evento de lançamento ocorre em meio à polêmica sobre o local de realização da etapa de Belo Horizonte, com a presença de alguns manifestantes próximos ao palácio, inclusive. Neste sentido, Sette Câmara reforçou que o BH Stock Festival atende a todos os requisitos ligados ao meio ambiente.
Um dos pontos mais polêmicos diz respeito ao corte de 63 árvores na região, que causou revolta em uma parcela da população, incluindo políticos e instituições ligadas à causa ambiental. Os responsáveis pelo evento firmaram um acordo visando o plantio de novas árvores, com altura entre 2,5 e 6 metros, como medida compensatória.
Os organizadores também planejam medidas para mitigar o impacto sonoro do evento, com a instalação de barreiras acústicas no circuito, principalmente nas proximidades da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Isso porque a corrida acontecerá em área próxima a um hospital veterinário e um centro de pesquisas, o que também tem gerado críticas ao projeto.
Confira como deve ser a infraestrutura do GP de Belo Horizonte:
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