Bia Lucca presta homenagem a Nara Leão

Uma viagem sonora ao passado com destino às estações das diversas fases da carreira de Nara Leão, um dos grandes ícones da música brasileira. Essa é a proposta do show cênico musical de Bia Lucca que prestará homenagem à artista consagrada que completaria 80 anos em janeiro deste ano. O espetáculo, que será realizado neste sábado (2) às 20h, na Casa Outono (rua Outono, 571, Carmo), destaca o ecletismo da cantora, violonista e, sobretudo, mulher de vanguarda. Será uma noite embalada por clássicos da bossa nova, samba, chorinho e MPB. Os ingressos custam R$ 25 e estão disponíveis no site do Sympla. Eles podem ser adquiridos também antecipadamente via Pix (31-996365274).
“Pensei nesse projeto com muito carinho. Eu sempre tive a vontade de homenagear Nara Leão, principalmente por me identificar muito com ela. Descobri isso durante pesquisas feitas sobre a vida dela. Nara nunca se acomodou. Pesquisava vários ritmos constantemente e não se prendia a um determinado estilo. Era um talento, eclética, dinâmica e sempre aberta aos aprendizados e interações com os artistas, inclusive ajudou a projetar diversos deles na cena musical. Então será um momento nostálgico e de emoções. Espero que o público goste”, diz a cantora.
Com raízes no teatro, área em que atuou por longos anos como atriz e produtora, Bia Lucca subirá ao palco com muita expressividade e irá contracenar e dialogar com o ator e cantor Ary Nóbrega, que será o narrador do show, backing vocal e fará inserções poéticas. A cantora também será acompanhada pelos músicos: Aloízio Horta (baixo), Samy Erick (violão e guitarra), Lucas de Moro (teclado) e Matheus Ramos (bateria). Quem assina a direção musical do espetáculo é Aloizio Horta. Já a direção geral é de Babaya Morais, que fará participação como convidada, assim como o compositor, violonista e arranjador Evaldo Nogueira.
Para o show, com perfil intimista, Bia Lucca preparou um repertório especial com mais de 12 canções. Assim como Nara Leão, a cantora possui um timbre suave e marcante. Ela interpretará sucessos como “Opinião”, “Odeon”, “Diz que fui por aí” e “Samba de uma nota só.”
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O primeiro contato com o universo musical foi na infância por meio da influência familiar paterna. Belo-horizontina, Bia participava das festas em família que tinham como atração a roda de violão. As irmãs faziam vocais com o irmão, tios e primos. O avô Zito era músico desde os tempos de tropeiro, quando levava café para vender no Rio de Janeiro. Foi fundador da banda Santa Cecília, em Inhapim (MG). O pai, Altair Chagas, também era um excelente cantor.
Teatro
A musicalidade também exerceu um papel importante na fase da adolescência. Bia enveredou-se também pelo caminho teatral. À época um dos requisitos para os trabalhos era saber cantar. Antes disso, no início dos anos 1980, cursou artes dramáticas na Fundação Clóvis Salgado, por meio do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart (Palácio das Artes).
Ela também ajudou a fundar o grupo Minas Artes Gerais, conhecido pelo show adulto de variedades “Sem nexo, sem plexo” e pelo espetáculo teatral infantil “Os Alegríssimos”, que era apresentado semanalmente no extinto programa “Clubinho” da Tia Dulce, na TV Alterosa. Entre 1982 e 1983, atuou em “Jeitinho brasileiro”, “Quem roubou o branco do mundo” e “O quarto que virou circo”.
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