Bloco Afro Angola Janga lança publicação

Em 2020, o bloco Afro Angola Janga, de Belo Horizonte, completou cinco anos. Para celebrar essa trajetória dedicada ao empoderamento negro por meio de suas práticas e repertórios, o grupo lança neste mês o livro “Agbara do Angola Janga: Memória, Cultura e Educação”, pela Crivo Editorial.
A publicação, assinada por Nayara Garófalo – fundadora do bloco – aborda questões referentes à temática étnico-racial e vem acompanhada de um CD com dez faixas autorais compostas por integrantes do bloco. O livro apresenta as letras das canções e temas referentes às africanidades e negritudes brasileiras.
Traz também temas de cortejos anteriores e simbologias utilizadas pelo bloco Afro, além de orientações pedagógicas para auxiliar o educador na aplicação da Lei 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de “história e cultura afro-brasileira” nas escolas. “O projeto tem duas frentes. Uma de registro de memória desses cinco anos, e a outra é o compromisso com a educação. Esse livro é o início de algo que identificamos como importante dentro do bloco que é a memória do povo negro, que não é vista com tanta importância como a memória do homem branco”, comenta a coordenadora de produção do bloco, Natálha Abreu.
O projeto foi realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, e toda a tiragem será destinada para Escolas Municipais e Bibliotecas Públicas da capital mineira. “Vamos produzir também um vídeo. A ideia é utilizar imagens do processo de construção do livro e do CD. Fizemos um texto orientando esse vídeo, e queremos que ele chegue até os professores, para terem elementos para desenvolver suas aulas on-line”, explica a coordenadora.
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O Angola Janga é um bloco afro de Belo Horizonte dedicado ao empoderamento e à emancipação do povo negro através de suas práticas e repertórios. Com uma levada que vai do “axé” ao funk, o bloco passeia, em seu show, por diversos exemplares da produção musical negra antiga e recente. Samba, reggae, ijexá, samba afro, funk de protesto, hip hop, pagodão baiano e ritmos mineiros são alguns dos apresentados, com uma energia e estética inesquecíveis para quem vê.
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