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Câmara aprova projeto que torna Igreja da Boa Viagem ‘marco zero’ de BH

Câmara aprova projeto que torna Igreja da Boa Viagem ‘marco zero’ de BH
Vista da Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, que é tida como marco zero de Belo Horizonte. Foto: Reprodução Adobe Stock

A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou, em segundo turno, nesta quarta-feira (12), o projeto de lei 710/2023, que cria um “marco zero” para a Capital: o local onde hoje está a Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem.

O projeto, de autoria do vereador Sergio Fernando Pinho Tavares (PL), foi aprovado por unanimidade, com 39 votos favoráveis. Ele agora vai ser encaminhado para a sanção do prefeito Fuad Noman (PSD).

A Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem fica na Rua Sergipe, 175, no bairro Funcionários. Ou, conforme o projeto de lei, nas coordenadas geográficas 19° 55′ 43″ S 43° 56′ 06″ O.

O marco zero é o ponto de origem da cidade. Em sua justificativa para a proposta, o vereador traz a seguinte explicação:

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“Segundo historiadores, o primeiro homem a chegar a Belo Horizonte foi Francisco Homem Del Rei, fazendeiro vindo de Portugal, que trouxe consigo em sua nau uma imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem, a protetora dos navegantes. Em meados de 1700, ainda no início do século XVIII, Del Rei construiu uma pequena capela de pau a pique para abrigar a imagem, dentro da fazenda da família portuguesa, e ao seu redor desenvolveu-se o Curral Del Rei, hoje, Belo Horizonte, a capital do Estado.”

Primeira construção da Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, em Belo Horizonte. Foto: Acervo do Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte (MIS-BH).
Primeira construção da Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, em Belo Horizonte. Foto: Acervo do Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte (MIS-BH).

Ainda segundo a justificativa, com o passar dos anos, aquela pequena capela passou por obras e reconstruções até chegar à atual Catedral de Boa Viagem.

“O local onde se encontra edificada a igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem é um importante local de fé para os belo-horizontinos, além de ser um ponto turístico. Ainda, representa um museu vivo da história da cidade, sendo rico patrimônio cultural, histórico e artístico de Belo Horizonte. Fato é que o local indica o Marco Zero de Belo Horizonte, (…) sendo que a história de Belo Horizonte começou ali, no pequeno vilarejo Curral Del Rei, que se tornou a grande capital dos mineiros”.

Outros projetos de lei aprovados

Todos os projetos que poderiam ir a Plenário nesta quarta (12) entraram na pauta e foram votados, “exceto aqueles cujos autores preferiram que não fossem apreciados de modo a obter mais tempo para discussão dos mesmos com o conjunto dos vereadores”, segundo a Câmara. Veja, a seguir, como foram as votações.

Contas do município

Projeto de resolução 907/2024 recebeu 39 votos favoráveis. Ele aprova as contas do Município de Belo Horizonte relativa ao exercício financeiro de 2018.

Defesa da infância

O Projeto de Lei 597/2023 foi aprovado em 2º turno, com 32 votos favoráveis, 7 contrários e 1 abstenção. Ele trata da proibição de uso de verba pública em eventos e em serviços que promovam a sexualização de crianças e adolescentes.

Cerol

Em 1º turno, foi aprovado o Projeto de Lei 809/2023, de Loíde Gonçalves, que aumenta o valor da multa para quem solta pipa com cerol, linha chilena ou item cortante. O texto prevê multa de dois a quatro salários mínimos a quem utilizar estas substâncias; e de quatro salários mínimos a quem armazenar ou comercializar. Foram 34 votos favoráveis e 5 contrários.

Farmácia Viva

Foi aprovado, em 1º turno, o Projeto de Lei 831/2024. Assinado por Dr. Bruno Pedralva (PT), Cida Falabella (Psol), Iza Lourença (Psol) e Pedro Patrus (PT), o PL institui o programa Farmácia Viva, que abrange desde o cultivo até a distribuição de plantas medicinais e fitoterápicos na rede SUS. Foram 32 votos favoráveis e 8 contrários.

Cigarro eletrônico

Em 2º turno, foi aprovado, por unanimidade, o Substitutivo 1 ao Projeto de Lei 687/2023, de Fernando Luiz (Republicanos), que institui diretrizes de conscientização e combate dos malefícios dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar – DEF ou cigarros eletrônicos, nas escolas da rede pública e privada no âmbito do município de Belo Horizonte.

Acompanhamento de processos

PL 815/2023, que garante a pessoa, física ou jurídica, que seja parte em processo administrativo em tramitação perante o Município ou suas entidades, o direito de cadastrar endereço de correio eletrônico para acompanhamento de atos processuais. Teve 39 votos favoráveis.

Protetor solar a albinos

O PL 718/2023, que “torna obrigatória a distribuição de protetor ou bloqueador solar pelo Município a pessoas com albinismo”, recebeu 33 votos favoráveis, 4 votos contrários e 1 abstenção.

Leitura bíblica em escolas

O PL 825/2024, que dispõe sobre leitura bíblica como recurso paradidático nas escolas públicas e particulares do Município de Belo Horizonte, recebeu 32 votos favoráveis e 6 votos contrários.

Ecoponto digital

O PL 859/2024, que dispõe sobre a criação do Programa de Coleta Seletiva de Lixo Tecnológico no Município de Belo Horizonte – ECOPONTO DIGITAL, recebeu 30 votos favoráveis e 7 votos contrários.

Extremismo e terrorismo

O PL 805/2024, que dispõe sobre a proibição no Município de Belo Horizonte da incitação, defesa ou apologia aos atos praticados por indivíduos ou grupos extremistas, que promovam terrorismo ou que praticam crimes contra a humanidade e dá outras providências, recebeu 31 votos favoráveis e 4 votos contrários. (Com informações da CMBH)

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