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Campanha de teatro apresenta comédia

Campanha de teatro apresenta comédia
Crédito: Divulgação

A única peça de teatro a estrear em meio à pandemia em Belo Horizonte está de volta na 47ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança. De hoje a domingo, o público pode conferir “Como vencer a burocracia sem ter um infarto”, única montagem inédita a entrar em cartaz de forma presencial em 2020, quando houve a flexibilização e reabertura das casas de espetáculos na cidade.

A comédia tem direção do premiado Ilvio Amaral, famoso pelo sucesso de duas décadas “Acredite, um espírito baixou em mim”. Os atores Fernando Veríssimo e Lucas Barbosa compõem o elenco da peça, que faz uma crítica bem-humorada aos problemas encontrados por cidadãos em algumas repartições públicas, muitas vezes engessadas em ideias e práticas um tanto quanto ultrapassadas. 

A peça tem apresentações hoje e amanhã, às 20h, e no domingo, às 19h, no Teatro da Biblioteca Pública (Praça da Liberdade). Os ingressos custam R$ 20,00 e podem ser adquiridos on-line ou na bilheteria do teatro. 

A montagem é centrada na história de Nestor, um homem de meia-idade que tem todos os seus documentos cancelados por algum erro no cadastro de pessoa física. Aí começa a sua saga: provar que, ao contrário do que o “sistema” diz, ele não está morto. 

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O problema é que, quando ele vai ao órgão público responsável para reverter a situação, encontra um funcionário pouco empenhado em ajudá-lo a resolver a questão, já que vive preso às engrenagens da burocracia e só pensa no momento de ir para casa para, no outro dia, começar tudo de novo.

Os personagens riem, choram, contam piadas, se estranham, fazem as pazes, mas resolver o problema que é bom, nada. Até que Nestor toma uma atitude extrema para provar que ainda vive. 

O texto é do ator, professor e escritor carioca Ed Vasconcellos. Mestre em literatura portuguesa, tem mais de 60 participações na televisão, incluindo as séries “Separações”, “Se eu fechar os olhos agora” e “Diário de dois pais de adolescentes”. No teatro, passou pelo Tablado, Martins Pena e Unirio.

Os atores Fernando Veríssimo e Lucas Barbosa já procuravam um texto para montar quando as incertezas da pandemia começaram. Porém, decidiram não recuar e continuar as leituras de textos de forma on-line. Ilvio Amaral chegou mais tarde, para agregar com sua experiência e seu talento ao projeto, e apresentou aos atores o texto. Os ensaios começaram com encontros esporádicos, respeitando as normas de distanciamento. Mesmo sem saber quando seria possível estrear, a montagem foi tomando corpo. Assim que foi anunciada a reabertura dos espaços culturais, a estreia foi marcada.

Simplicidade e requinte – O espetáculo tem direção de Ilvio Amaral, premiado ator e diretor belo-horizontino. Dentre seus trabalhos, está a peça “Acredite, um espírito baixou em mim, sucesso” de público em Belo Horizonte há mais de 20 anos. Em “Como vencer a burocracia sem ter um infarto”, Ilvio lança mão da simplicidade e, ao mesmo tempo, do requinte que requer o humor para orquestrar a dupla de atores e amigos Fernando Veríssimo e Lucas Barbosa.

Parceiros já fora dos palcos, Fernando Veríssimo e Lucas Barbosa representam o encontro de duas gerações do teatro belo-horizontino. Há algum tempo, alimentavam o desejo de trabalhar juntos. Com a redução de seus compromissos durante o isolamento social, finalmente conseguiram colocar o plano em prática. 

Fernando Veríssimo é ator e diretor há 29 anos e tem uma vasta experiência em comédias em Belo Horizonte, como “Lisbela e o Prisioneiro”, “Os Sem Vergonhas”, “Alfredo Virou a Mão” e “As Monas lisas”, e também em dramas como “Os sete gatinhos”, de Nelson Rodrigues, e “Anatomia Humana segundo Vico e Campanella”, com o qual ganhou o prêmio Sinparc de melhor ator coadjuvante. Na TV, atuou na novela “Ti Ti Ti”, no papel do cabeleireiro Raí. Assim como seu personagem Nestor na peça, Fernando Veríssimo também é funcionário público. 

Lucas Barbosa é ator e palhaço. Formou-se no Teatro Universitário da UFMG em 2015 e tem trabalhos no teatro, na TV e no cinema. Já foi dirigido por Fernando Limoeiro, Simone Ordones, Rogério Lopes e Débora Vieira, entre outros. Em 2019, foi indicado ao Prêmio Copasa Sinparc como melhor ator de teatro infantil.

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