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CAP inaugura exposição “Labuta”

CAP inaugura exposição “Labuta”
#DC Mais | Imagem: Pexels / Arte: Will Araújo

Em 19 de março é comemorado o Dia do Artesão. A data também marca os dez anos de atividade do Centro de Arte Popular (CAP), equipamento cultural administrado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) e que está localizado na rua Gonçalves Dias, 1.608,  no Circuito Liberdade, em Belo Horizonte.

Para celebrar esses dois momentos importantes, o espaço inaugura, neste sábado (19), a exposição “Labuta”, que reúne um importante acervo do museu, com algumas obras nunca expostas antes, e que abordam os diferentes fazeres. O horário de funcionamento é, de terça a sexta-feira, das 12h às 19h; e aos sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h 

De acordo com o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, a celebração dos dez anos do CAP é motivo de orgulho. “O Centro de Arte Popular tem fomentado a cultura e o turismo em Belo Horizonte ao transformar em arte as múltiplas formas de ofício. Seja no artesanato, um de nossos fazeres característicos, ou em outras linguagens, esse espaço é um importante local do saber, da arte e da cultura”, destaca o titular da Secult.

Entre as várias temáticas que percorrem o acervo do CAP, é inevitável perceber que o “trabalho” e o “fazer” são assuntos que o perpassam como um todo. Foi a partir dessa constatação que o grupo de educadores definiu o tema desta exposição. “Trabalho” pode ser entendido como uma atividade que requer disposição de tempo, de força e de certa destreza daquele que o desempenha. 

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Pensando nisso, é possível dizer que o fazer artístico não se diferencia dos trabalhos “tradicionais” como atividade funcional, mas é o único ofício que pode refletir sobre si mesmo e sobre os demais. A arte, assim, equipara-se a uma lente que redireciona o olhar para a sociedade trazendo à luz novas perspectivas a respeito do trabalho.

A mostra faz um recorte da lida e dos labores presentes nas obras do acervo da Reserva Técnica do Centro de Arte Popular. É o resultado do processo de pesquisa e das experiências de Clara Assumpção, estudante de Arte Visuais, Mateus Rodrigues, estudante de História e Raphaela Damato, estudante de Museologia. A exposição exibirá ao público 50 peças do acervo do CAP, dentre esculturas e objetos utilitários produzidos por artistas consagrados da arte popular, dentre eles: Noemisa Batista, Margarida Mendes, Alice Ribeiro, José Maria, Alex Batista, Ulisses Mendes e João Alves.

“Labuta” poderá ser visitada na Sala de Exposições Temporárias da instituição até 1º de abril. A exposição é o resultado do contato dos educadores do Centro de Arte Popular com o acervo e o universo em que o museu está inserido. Nesse sentido, a mostra é uma experimentação expográfica a partir do rico acervo do CAP, sendo fruto de uma oportunidade de aprendizado e experiência oferecida aos estudantes que atuaram no museu durante o ano de 2021.

Laboratório – A exposição “Labuta” marca o início de uma série de atividades previstas para celebrar o aniversário do CAP e reforça o compromisso da instituição com a educação a partir do momento em que se transforma em laboratório, possibilitando a esses futuros profissionais aplicar seus conhecimentos teóricos, através da experimentação e vivência de todas as etapas de um processo expositivo, desde a concepção até sua concretização.

No ano em que o Centro de Arte Popular completa dez anos, celebra-se também o centenário da Semana de Arte Moderna e o bicentenário da Independência do Brasil, datas que marcaram e mudaram a história do País. 

A coordenadora do Centro de Arte Popular, Angelina Gonçalves, lembra que, nesses dez anos, a instituição sempre assumiu o papel de centro de irradiação de cultura e manifestações artísticas diversificadas.

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