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Capas de discos ganham releitura de 93 artistas

Capas de discos ganham releitura de 93 artistas
REPRODUÇÃO DE OBRA DE KARLA NEVES

A primeira capa de disco de vinil completou 83 anos em todo o mundo. E para comemorar a data, 93 artistas, sob a curadoria do artista plástico mineiro Hogenério, apresentam a exposição coletiva “Capas de Disco”. A mostra poderá ser conferida gratuitamente no Grande Hotel Ronaldo Fraga (rua Ceará, 1.205, Funcionários), de terça a sexta-feira, das 11h às 19h e aos sábados, de 11h às 16h, até 10 de dezembro.

Cada artista produziu a sua releitura de capa, de discos nacionais e internacionais. As escolhas se deram em função da identificação com as bandas, cantores, músicas e até da conexão com a capa escolhida.

As capas de disco, um formato criativo de arte, sempre encantaram milhares de pessoas pelo mundo. E elas expressam na exposição, uma nostalgia provocada por memórias afetivas de cada visitante. Ao mesmo tempo, são releituras contemporâneas das capas de discos sob diversos olhares e perspectivas.

Para Hogenério, idealizador e curador da exposição, a escolha dos artistas se baseou na concepção da criação das capas de disco. Geralmente elas são criadas por artistas plásticos, fotógrafos, designers, estilistas, arquitetos, entre outros. “Então convidei profissionais do tipo e cada recriou sua versão preferida de capas de disco. O resultado surpreende não apenas pela interpretação artística, mas também pela contextualização histórica, permitindo aos visitantes uma viagem pelo tempo”, diz o curador.

Reprodução de obra de Willi Carvalho

Fazem parte da mostra artistas como Fernando Pacheco, que recriou a capa do disco do cantor norte-americano Ray Charles; Ricardo Carvão Levy, que também se inspirou em Ray Charles para recriar sua capa; Breno Barbosa que fez sua versão da capa do LP de Clara Nunes, “As forças da Natureza”; o norte-americano Joseph John que fez uma homenagem a Fred Mercury; o alemão Lennart Goebel, que criou sua capa com o jazzista Jimmy Smith em um encontro com a cantora Amy Winehouse; e também o curador da mostra, Hogenério, que se inspirou na glamourosa Grace Jones e sua capa de “Island Life”, mas em uma versão rural, bem brasileira.

E para mergulhar e se inspirar no universo das capas dos discos recriados, a exposição ainda disponibiliza na plataforma Spotify uma playlist com canções extraídas dos discos apresentados. Basta buscar pelo nome “Exposição – Capas de Disco”.

Em 1939, Alex Steinweiss levou um fotógrafo até a Rua 45th, local do famoso Imperial Theater, e convenceu o dono do estabelecimento a mudar o letreiro, colocando o nome do disco no lugar. Com as letras devidamente posicionadas, foi só esperar o cair da noite, acender as luzes, e o cenário estava pronto. Surgia ali, um novo padrão para discos, com novos significados dados ao produto. As capas de discos seriam, a partir de então, criadas por artistas plásticos, desenhistas, designers, fotógrafos, entre outros.

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