Variedades

CCBB expõe “Coleção Brasileira”

CCBB expõe “Coleção Brasileira”
Crédito: Túlio Márcio/Divulgação CCBB

A partir de hoje, o Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB BH) recebe a  exposição “Coleção Brasileira de Alberto e Priscila Freire”, com 108 peças do acervo pessoal da colecionadora e entusiasta da arte mineira Priscila Freire e de seu marido. A coleção foi construída ao longo de muitos anos e, além do valor artístico, as obras também trazem histórias particulares. “Fizemos um recorte especial no acervo que permite uma verdadeira viagem pela cultura e pela arte de Minas Gerais e do Brasil, com obras cheias de memórias afetivas, muitas delas de artistas com quem tive o privilégio de conviver”, conta Priscila, que também assina a curadoria da mostra.

A exposição é composta por três núcleos: arte brasileira, arte mineira e arte popular, divididos em três salas no andar térreo do CCBB BH. Na ala da arte brasileira, estão grandes nomes da pintura nacional, como Guignard, de quem Priscila foi aluna e amiga, Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Genesco Murta e José Pancetti, entre outros. No ambiente da arte mineira, Yara Tupinambá, Mario Zavagli, Lorenzato e Irma Renault, esculturas de Farnese de Andrade, Solange Pessoa e composições da própria Priscila Freire.

Na sala de arte popular, peças de Maurino de Araújo, G.T.O., Nino e Maria Lira, além de obras do Vale do Jequitinhonha, assinadas por figuras de destaque daquela região, como Ulisses Pereira Chaves, Noemisa Batista Santos e Isabel Mendes. A mostra conta ainda com outros artistas, filtrados num círculo de probabilidades e de diferentes épocas ao longo da vida da colecionadora. “Essa exposição é uma síntese do que sou, de como penso e por onde andei na escolha do que me emocionou. Ícones de que me cerco para lembrar minha história e o que ela me conta exposta aos olhos dos outros”, resume Priscila, do alto de seus 88 anos de idade.

A vida de Priscila Freire sempre foi dedicada à cultura. Atriz, diretora de teatro, escritora, defensora do patrimônio, colecionadora e gestora cultural, graduou-se em biblioteconomia e ocupou importantes cargos em todos os níveis governamentais. Foi diretora do Museu de Arte da Pampulha por 15 anos e coordenadora do Sistema Nacional de Museus e Superintendente de Museus de Minas Gerais, quando criou o Museu Casa Guimarães Rosa (Cordisburgo) e o Museu Casa Guignard (Ouro Preto). Entre suas pesquisas e curadorias, destacam-se: “Guignard e o Oriente: China, Japão e Minas” no Museu de Arte do Rio (2011 – com Paulo Herkenroff), “Arte no vale Jequitinhonha” no CAP – Centro de Arte Popular (MG – 2013) e “Guignard e a Paisagem Mineira”, no Centro Cultural Minas Tênis Clube (2017). Priscila construiu importante acervo de arte brasileira, de valor inestimável, doado para a Escola Guignard – Uemg. Reuniu também relevante acervo que retrata parte da história da Educação, doado ao Museu da Educação Minas Gerais.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


A mostra “Coleção Brasileira de Alberto e Priscila Freire” ficará em exposição no CCBB BH até 29 de agosto, data em que ela comemora 89 anos.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas