Cine Santa Tereza estreia mostra em homenagem a Marcélia Cartaxo

Dedicada a apresentar e dar visibilidade à atuação feminina no âmbito do audiovisual, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) celebra o “Mês da Mulher” com a “Mostra Diálogos pela Equidade: Mulheres Plurais”, que chega à sua quinta edição neste ano. A partir de hoje e até 17 de março, no Cine Santa Tereza, a mostra traz uma programação que prioriza produções assinadas por mulheres ou obras que abordam temáticas relacionadas ao feminino. Nesta quinta edição, destaca-se a homenagem a Marcélia Cartaxo, com uma retrospectiva de filmes protagonizados pela atriz, além de títulos dirigidos por ela, sendo algumas destas exibições comentadas, com a presença da homenageada.

A mostra tem ingressos gratuitos, que podem ser retirados on-line pelo site Sympla ou na bilheteria do cinema, 30 minutos antes da sessão. Mais informações podem ser encontradas no Portal Belo Horizonte.

Nesta edição, será apresentada uma seleção diversa de filmes de ficção e documentário, em longa e curta-metragem, que abordam temas como sexualidade, maternidade, direito ao corpo, negritude, feminismo e ativismo social. Na abertura, haverá a exibição de “A Estação” (2023), da cineasta mineira Cristina Maure. A sessão de pré-estreia da obra, em Belo Horizonte, será comentada pela diretora e terá a presença da equipe e elenco.

Assim como o filme, outras produções contemporâneas realizadas por mulheres em Minas Gerais também estarão em cartaz, como os seguintes documentários: “Cambaúba” (2022), de Cris Ventura; “Marlene Dança para o Mundo” (2021), de Elaine do Carmo; e “A Casa de Dona Helena Greco”, de Luciene Araujo, que tem seu lançamento na Mostra – todos exibidos na primeira semana da programação.

A “V Mostra Diálogos pela Equidade: Mulheres Plurais” celebra e homenageia a expressiva trajetória da atriz Marcélia Cartaxo com uma retrospectiva que exibe quatro filmes protagonizados por ela: “A Hora da Estrela” (Suzana Amaral, 1985), “Pacarrete” (Allan Deberton, 2019), “O seu amor de volta – mesmo que ele não queira” (Bertrand Lira, 2019), e um dos seus mais recentes trabalhos, “A Mãe” (Cristiano Burlan, 2022).

Além da interpretação, Marcélia Cartaxo também se dedica à realização cinematográfica, lado da artista que será reverenciado na mostra com a exibição de três curtas-metragens em que ela assina a direção: “Tempo de Ira” (2003), “De Lua” (2013) e “Redemunho” (2016). As sessões de “Tempo de Ira”, “De Lua” e “Redemunho” serão comentadas por Marcélia Cartaxo; “O seu amor de volta (mesmo que ele não queira) terá a presença da homenageada e do cineasta Bertrand Lira; e “Pacarrete” será comentada por Cartaxo e também pela atriz Soia Lira.

 Natural de Cajazeiras, na Paraíba, Marcélia Cartaxo estreou no cinema em 1985, como protagonista do filme “A Hora da Estrela” (Suzana Amaral, 1985), atuação que a consagrou como a primeira atriz brasileira a vencer o “Urso de Prata” de melhor atriz no “Festival de Cinema de Berlim”. Ao longo de seus mais de 38 anos de carreira, recebeu diversas premiações, incluindo dois prêmios “Grande Otelo”; três “Prêmios Guarani”; dois “Kikitos”, do “Festival de Gramado”; e quatro “Troféus Candango”, do “Festival de Brasília”.

Na segunda semana da programação, a “V Mostra Diálogos pela Equidade: Mulheres Plurais” traz, ainda, uma seleção diversa de filmes de ficção e documentário – muitas destas obras premiadas em festivais nacionais e internacionais, buscando discutir e refletir sobre a presença das mulheres no cinema brasileiro contemporâneo.