CineBH exibirá 93 filmes até o próximo domingo

A 17ª edição da CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte e o 14º Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting começam hoje para transformar a capital mineira na cidade do cinema latino-americano e no maior ambiente de negócios audiovisuais do País. A programação gratuita segue até o próximo domingo (1º) com 93 filmes nacionais e internacionais em pré-estreias e mostras temáticas (39 longas, 31 curtas e três médias-metragens), debates, painéis e rodas de conversa, masterclasses internacionais, oficinas e encontros de coprodução. Em toda a cidade serão oito espaços, além de uma grade exclusiva online pelo site do evento (www.cinebh.com.br).
A noite de abertura vai apresentar a temática do ano, “Territórios da Latinidade”, seguindo pelo segundo ano com o recorte de cinema da América Latina. A noite ainda vai contar com a homenagem dupla desta edição a dois artistas mineiros: o cineasta Rafael Conde e a atriz e diretora Yara de Novaes, que receberão o Troféu Horizonte como tributo por suas trajetórias.
A performance de abertura acontece no Cine Theatro Brasil Vallourec, a partir das 20h. Com criação e direção de Chico de Paula e roteiro de Chico de Paula e Raquel Hallak, coordenadora geral da mostra, a performance, que mescla arte, música, imagens e movimento, buscou inspiração nos conceitos da CineBH e vai destacar especialmente o espírito da latinidade a partir das ideias de “território” e “continente”. A apresentação será de David Maurity e trilha sonora ao vivo de Vinicius Amaral. A abertura terá a participação da atriz Christiane Antuña, do ator Eduardo Moreira, do músico Renato Luciano e do VJ Ímpar.
Na sequência, os espectadores vão assistir ao filme de abertura da 17a CineBH, “Zé”, novo longa-metragem do homenageado Rafael Conde. Inspirado na história real do militante José Carlos da Mata Machado, o filme narra a luta do protagonista contra o regime militar e as consequências trágicas da ditadura. Com isso, a abertura da CineBH será um grande evento, num dos espaços mais queridos da cidade e em plena praça Sete, que conecta as discussões da mostra em 2022: a latinidade como questão de território, o sucesso amplificado de dois grandes nomes da cultura mineira e uma cinebiografia com diversos ecos nos dias de hoje.
Será também o começo de algumas inquietações que o evento vai propor, como no debate “Território(s) da Latinidade”, amanhã, que reúne parte da curadoria da mostra para apresentar os conceitos das mostras dedicadas à América Latina. E o Palácio das Artes vai ser a sede do Brasil CineMundi, programa de coprodução que trará a Belo Horizonte mais de 60 convidados de várias partes do mundo para estarem em encontros e atividades de olho no cinema brasileiro do futuro.
Rodada de negócios
Consolidado como o maior encontro de coprodução internacional no País, o Brasil CineMundi vai receber 63 profissionais do audiovisual de 18 países: Alemanha, Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Cuba, Espanha, EUA, França, Holanda, Itália, México, Peru, Portugal, Reino Unido, Suíça, Uruguai. Desses convidados, mais de 35 são produtores, agentes de vendas, distribuidores, tutores, representantes de fundos e programadores de festivais internacionais que irão participar das rodadas de negócios e ter contato direto com os realizadores e produtores dos projetos selecionados do evento.
Nesse ano, participam 40 projetos em desenvolvimento (dez na categoria Horizonte, seis na DocBrasil Meeting, seis na Foco Minas e 18 na Paradiso Multiplica) e 10 na categoria WIP – Primeiro Corte, dedicada a longas-metragens em fase de pós-produção. O comitê de seleção foi composto por colaboradores nacionais e internacionais do Brasil CineMundi: Paulo de Carvalho (Alemanha), Gudula Meinzolt (Suíça), Séverine Roinssard (França), Pedro Butcher e Lila Foster (Brasil) e Cecília Gabrielan, da Universo Produção.
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