Concerto da Filarmônica traz Ravel com grandes nomes

Dois importantes compositores exploram o conceito de tempo sob diferentes perspectivas. Com a influência hispânica sempre marcante na obra de Ravel, a temática se evidencia com o refinamento típico do autor em sua ópera “A Hora Espanhola”, que vai ser apresentada pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, em mais um concerto nesta sexta-feira (6), às 20h30, na Sala Minas Gerais. A regência é do maestro Fabio Mechetti e a direção de cena é de Ronaldo Zero. A estreia do concerto foi na quinta-feira (5) com muito sucesso.

O elenco tem a soprano Marly Montoni (Concepción), o barítono Michel de Souza (Ramiro), o tenor Enrique Bravo (Gonzalve), o baixo Savio Sperandio (Don Iñigo Gomez) e o tenor Vitorio Scarpi (Torquemada).

Paralelamente à primeira obra, o movimento dos ponteiros do relógio dá o tom de uma das sinfonias mais maduras de Franz Joseph Haydn: a Sinfonia nº 101 em Ré maior, “O Relógio”.

As obras

A influência da cultura hispânica é uma característica muito marcante da obra de Maurice Ravel. Algumas de suas peças mais celebradas – Alborada del gracioso e Rapsódia Espanhola, por exemplo – exibem fascínio pela cultura e pela música do país. Ravel nasceu em uma pequena comuna francesa a cerca de 20 km da fronteira com a Espanha, e, ainda que tenha se mudado para Paris quando bebê, algo dessa herança hispânica parece ter permanecido para sempre.

As chamadas Sinfonias Londrinas são a coroação dos 40 anos nos quais Haydn se dedicou ao gênero. Elas representam não só o seu ápice criativo no domínio da forma, como também marcam uma importante etapa de amadurecimento para a sinfonia do século XVIII – uma espécie de “estado da arte” da sinfonia do período clássico, que serviria como referência para as transformações propostas por Beethoven nas décadas seguintes. A Filarmônica e convidados vão apresentar A Sinfonia nº 101.

Os ingressos podem ser comprados no site e na bilheteria da Sala Minas Gerais, a partir de R$ 39,60 (inteira) e R$ 19,80 (meia).