Variedades

“Concertos da Liberdade” será apresentado dias 6 e 7 de junho

Apresentações ocorrem no Palácio das Artes, na terça (6), às 12h, com entrada gratuita, e na quarta (7), às 20h30, a R$ 5
“Concertos da Liberdade” será apresentado dias 6 e 7 de junho
Crédito: Paulo Lacerda / Fundação Clovis Salgado

A Fundação Clóvis Salgado (FCS) recebe como convidado o renomado maestro espanhol Alex Soriano para conduzir a Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais em mais uma apresentação da série “Concertos da Liberdade”. Intitulado de “Va, Pensiero”, o concerto será dedicado às obras de Giuseppe Verdi e Piotr Iliytch Tchaikovsky. As apresentações ocorrem no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, na próxima terça-feira (6), às 12h, com entrada gratuita, e na quarta-feira (7), às 20h30, com ingressos a partir de R$ 5,00.

Também conhecido como “O Coro dos Escravos Hebreus”, Va, Pensiero é o mais famoso da ópera Nabucco. Esse canto obteve tamanho sucesso que serviu quase como um segundo hino italiano em um momento em que o país buscava emancipação e unificação. Além do famoso trecho coral Va, pensiero, o concerto traz outros importantes coros mais conhecidos das óperas escritas por Verdi.

Hernán Sánchez, titular do Coral Lírico de Minas Gerais, realiza a preparação do coral para ser conduzido pelo maestro Soriano. O regente explica que o coro sempre representa um grande desafio para o corpo artístico. “O Coral Lírico fica muito entusiasmado em fazer esses novos coros que transformam tanto o som do conjunto. Não tem a haver tanto com a busca de um som musical perfeito, mas a busca de um som que acompanhe uma história teatral, um drama trágico que acontece no palco cênico. A ideia é que o público feche os olhos e escute um povo que está sofrendo, um povo que está festejando. Meu trabalho com o coro é para que as pessoas possam escutar isso através da excelente batuta de Alexis Soriano”, explica Sánchez.

Alexis Soriano é um dos mais destacados maestros espanhóis de sua geração e desde 2012 é diretor artístico da Sociedade da Ópera de Nova York. Regendo a Sinfônica de Minas Gerais pela terceira vez, ele explica sobre a participação do coro. “Sempre se utiliza o coro para dar uma grande dimensão emocional ao que se passa em palco, de forma que comunique imediatamente com o ouvinte. Ele agrega especialmente quando você deseja refletir o desejo ou sentimento coletivo em uma determinada cena. Será um prazer reger o coro”, afirma.

Em seguida Alex Soriano rege a Sinfonia n. 4 em fá menor op. 36 do russo Piotr Iliytch Tchaikovsky. Essa obra foi composta durante um importante período de sua vida. Recém separado de um desastroso casamento que durou menos do que dois meses, Tchaikovsky passava por um momento de profunda depressão, doença que o acompanharia por toda sua vida. Vale destacar nesta sinfonia o poderoso tema inicial denominado destino.

“A quarta sinfonia de Tchaikovsky representa uma mudança importante em seu tempo como sinfonista. É o passo para uma sinfonia de conteúdo verdadeiramente dramático em que, segundo ele mesmo relatou, tenta escrever no mesmo espírito com que Beethoven escreveu sua famosa quinta sinfonia, na qual o destino do homem é uma força enorme contra a qual ele tem de lutar com todas as suas forças”, explica Soriano.

Alex Soriano é um dos mais destacados maestros espanhóis de sua geração. Aluno de Ilya Musin no Conservatório de São Petersburgo, foi maestro associado da Orquestra Hermitage de São Petersburgo de 1998 a 2008, e maestro titular da Orquestra Sinfônica Estadual do Inso de Lviv (Ucrânia) de 2010 a 2012. Desenvolveu uma carreira internacional pela qual foi premiado como um dos “100 espanhóis” destacados em 2013 como exportadores da marca “España”, além disso, nesse mesmo ano, recebeu o prêmio da Fundação Ciurlionis na Lituânia por sua trajetória e divulgação do patrimônio musical daquele país.

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