Copasa adota medidas para eliminar gosto e odor da água na Região Metropolitana de Belo Horizonte

Após relatos de moradores da Capital e da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) sobre alterações no gosto e no odor da água, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) informou que está tomando medidas preventivas e reafirmou que a água distribuída está dentro dos padrões de potabilidade, sem riscos à saúde. A Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG) segue fiscalizando o caso e cobrando ações rápidas e eficazes.
Segundo a Copasa, desde 14 de agosto, data em que os primeiros relatos chegaram aos canais de atendimento, a companhia iniciou a aplicação de carvão ativado em pó nas estações de tratamento de água (ETA) da RMBH. O produto funciona como um filtro adicional, com estrutura porosa, capaz de remover compostos que possam causar alterações de gosto e odor.
A companhia reforça que essa é uma prática técnica comum, segura e que não compromete a qualidade da água oferecida à população.
Segundo dados da própria Copasa, os pedidos de análise de qualidade da água feitos por moradores representam apenas 0,02% do total de clientes atendidos na RMBH, que é de aproximadamente 5,4 milhões de pessoas. Entre os dias 4 e 18 de agosto, foram 328 atendimentos relacionados a gosto e odor da água.
Recomendações ao consumidor
A Copasa também orienta que os clientes realizem a limpeza e manutenção periódica das caixas d’água, como forma de prevenir contaminações internas e minimizar efeitos relacionados a fenômenos naturais, como a inversão térmica.
Em caso de novas ocorrências, a empresa pede que os consumidores acionem os canais oficiais de atendimento, com endereço completo, para que uma equipe técnica seja enviada ao local para avaliação.
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Copasa reforça segurança da água distribuída
Em nota oficial, a Copasa informou que todas as análises realizadas pelas equipes de controle de qualidade da companhia confirmaram a potabilidade da água distribuída na região. Os testes apontaram conformidade com os parâmetros físico-químicos e bacteriológicos, conforme as exigências da Portaria GM/MS nº 888/2021.
A empresa também destacou que não foi constatada nenhuma alteração que represente risco à saúde da população, apesar do desconforto sensorial relatado por parte dos consumidores.
Arsae-MG segue acompanhando o caso
A Arsae-MG determinou que a Copasa identifique a origem das alterações sensoriais e apresente os dados de monitoramento da água bruta referentes a agosto, tanto no ponto de captação do Rio das Velhas quanto nas estações de tratamento.
Até o momento, os dados sobre o nível de cianobactérias no Rio das Velhas, um dos possíveis fatores causadores de gosto e odor, permanecem abaixo do limite que exige ações corretivas adicionais.
A agência reguladora afirmou que seguirá acompanhando todas as providências adotadas, garantindo que o abastecimento de água continue dentro dos padrões exigidos e sem prejuízos à população.
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