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Cozinha Mineira vira patrimônio e deve impulsionar cadeia no Estado

Crédito: Adobe Stock
Projeto tem como objetivo reforçar a importância da culinária local para a economia de Minas

Nesta quarta-feira, Dia da Gastronomia Mineira, o Governo de Minas Gerais lançou o projeto Cozinha Mineira Patrimônio 2023, com objetivo de proteger, fomentar e promover os ingredientes, saberes e práticas dessa culinária. Além disso, o governo estadual também registrou a comida mineira como patrimônio imaterial do Estado.

Dentre os ingredientes registrados como patrimônio imaterial de Minas estão o milho e a mandioca, alguns dos pilares que sustentam a cozinha típica de Minas.

O projeto foi apresentado oficialmente no Palácio da Liberdade. Ele será realizado por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

O Cozinha Mineira Patrimônio contemplará uma série de ações que reforçam a importância da cozinha mineira para a cultura, o turismo e o desenvolvimento econômico e social do Estado.

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O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, ressaltou que já estão previstas mais de 100 ações para os próximos quatro meses em Minas Gerais. Para acompanhar toda a programação da temporada basta acessar o site da Secult.

Durante o evento, houve demonstrações de pratos típicos da cozinha mineira, como costelinha de porco com torinhas de milho e ora-pro-nóbis. Além da exposição de quitandas feitas pela Comunidade Quilombola dos Arturos e degustação de pão de queijo e queijos mineiros artesanais.

Oliveira destacou a importância dos povos originários, dos africanos e dos portugueses na origem da culinária mineira. “Então, ao escolhermos proteger a cozinha mineira, a mandioca e o milho, nós queremos começar a contar essa história a partir daqueles que a originaram que nos procedem”, declara.

Oliveira explica que uma vez reconhecida como patrimônio histórico de Minas Gerais, toda a cadeia produtiva e as pessoas ligadas à cozinha mineira passam a ter mais mecanismos de incentivos, como os recursos da Lei Paulo Gustavo, voltados à cultura. Ele também lembra que o status de patrimônio a torna protegida pelo Estado e pela Constituição Federal.

O secretário ainda ressaltou os benefícios que essa cadeia produtiva traz para a economia de Minas Gerais, gerando emprego e renda e beneficiando o turismo. “Vamos pensar que 27% dos turistas que vêm a Minas vêm para comer. Esses produtos são fundamentais e originários, então gerar emprego e renda também é um papel da valorização do patrimônio histórico”, disse.

Primeiro sistema caracterizado pelo Iepha-MG

Os saberes ligados ao milho e à mandioca constituem o primeiro sistema culinário a ser caracterizado pelo Iepha-MG no âmbito das pesquisas sobre a Cozinha Mineira. Essa decisão é fruto de estudos para a compreensão da cultura alimentar de Minas Gerais, os quais vêm sendo realizados pelo Iepha-MG e parceiros desde 2019.

Esse trabalho incluiu a identificação de quase 700 moinhos de milho e casas de farinha de mandioca no Estado. O cadastro foi viabilizado por meio da ação conjunta entre o instituto, prefeituras, instituições de ensino, comunidades e pesquisadores.

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