CURTAS DC MAIS | 07/09 a 09/09

“Mito do Sete de Setembro”

O Memorial Vale recebe o projeto Sempre Um Papo para o lançamento do livro “O Sequestro da Independência: Uma História da Construção do Mito do Sete de Setembro”, com a presença dos autores Lilia Moritz Schwarcz, Lúcia Klück Stumpf e Carlos Lima Junior, que conversam com Afonso Borges. O evento acontece na quinta-feira (8), às 19h, com retirada de ingressos uma hora antes do início, sendo no máximo um par de ingressos por pessoa. Os lugares são limitados e haverá tradução em libras. Na obra, os autores trazem a construção histórica do Sete de Setembro como marco da Independência, a partir de um profundo estudo da cultura visual em torno do tema. O projeto Sempre Um Papo tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale.

Banda de Pau e Corda em BH

Na próxima sexta-feira (9), às 21h, o Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas recebe o show da Banda de Pau e Corda. Na ocasião, a banda, criada em Recife em 1972, cantará o repertório dos seus 50 anos de carreira, completados em 2022. Os ingressos custam R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia) e podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro ou no site Eventim. Com a proposta de divulgar e valorizar os ritmos nordestinos, misturando música e poesia, a banda já representou o Brasil em vários eventos internacionais, como o Congresso Mundial dos Povos e Culturas dos Desertos, em 2006, em Argel, e o Festival da Lusofonia, em Macau, em 2008. Conhecida pelo cuidado poético, a banda rapidamente conquistou muitos admiradores, como o escritor Ariano Suassuna e o sociólogo Gilberto Freyre, que escreveu a apresentação do álbum de estreia, inspirando contemporâneos e futuras gerações do Brasil todo a ressignificarem seu sotaque.

Show de Raquel Coutinho

“Eu ouvi, ouvi de novo e pensei: Uau! Criou uma brecha, uma espécie de corte na minha cabeça e entrou no meu corpo todo. Eu, que sempre ando atrás de algum som que me atravesse e me tire do sério, fiquei maravilhado com a poética e as batidas geniais. Um discaço. A Raquel é a mineira mais inglesa que conheço”, afirma Marcos Suzano. As palavras do percussionista carioca dizem respeito a “Koan”, novo álbum de Raquel Coutinho. Com cinco faixas, o disco une a raiz ancestral da percussão orgânica à modernidade dos beats e synths, costuradas por um vocal limpo e maduro. Parceria da artista com o produtor musical Lenis Rino, o álbum tem show de lançamento marcado para quinta-feira (8), às 20h, no Teatro do Centro Cultural Sesiminas, em Belo Horizonte. As faixas já chegaram às plataformas e os links para pré-save do álbum e compra de ingressos on-line para o show já estão disponíveis.

Trama Festival em Contagem

O Trama Festival está de volta à cidade de Contagem, no formato presencial, após um hiato de quatro anos. Em 2020, ano em que a pandemia freou as atividades culturais, a segunda edição do festival realizou ações on-line, mas, agora, até o próximo domingo (11), o Trama Festival ocupa praças, parques, escolas, espaços culturais e até mesmo um estacionamento de shopping, fazendo valer a máxima de que “todo artista tem de ir aonde o povo está”. A programação do festival conta ainda com apresentações musicais, cortejo e oficina. O Trama Festival reúne mais de dez grupos teatrais, músicos, artistas cênicos e circenses, além da tradicional Comunidade dos Arturos, resistência quilombola em Contagem, em uma série de apresentações gratuitas. Na programação, haverá ainda espetáculos da Bahia e do Chile. O tema da temporada é Esperançar, já que é tempo de esperança, de acreditar que um novo tempo virá, conforme explicado por Patrícia Matos, coordenadora de produção do evento.

Exposição de Ernane Alves

Até 2 de outubro, o Diamond Mall recebe, no Piso L3, a exposição “Reveal”, a mais recente produção de Ernane Alves. Composta por pinturas inéditas e de diferentes momentos da trajetória do artista, a mostra celebra seus 20 anos de carreira, apresentando ao público um diálogo entre a cultura pop com reflexões modernas. Vindo de uma família de baixa renda, Ernane tem pouquíssimos registros fotográficos de quando era criança. Para a exposição, decidiu evidenciar o próprio processo criativo, a partir das cores primárias e a observação sobre a repetição de imagens. Assim, “Reveal” (“revelar” em português), traz uma discussão acerca do congelamento da autoimagem que vivemos nos “tempos digitais” e ainda faz um paralelo reflexivo relativo ao processo fotográfico. Em 2009, o artista plástico, cineasta e escritor foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), mas somente dez anos depois decidiu falar abertamente sobre, trazendo a temática para o seu trabalho, com inúmeros projetos e campanhas de informação.