CURTAS DC MAIS | 14/12

Releitura imagética de Diadorim
Fotografia e literatura, duas linguagens artísticas que se conectam e se complementam, estão reunidas na nova exposição gratuita que ocupa a galeria de arte Paulo Campos Guimarães, da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais. Trata-se da mostra “Flora Poética”, de autoria dos artistas Lucas Sousa e Wágner Pena, e que tem inspiração em uma das personagens mais icônicas do universo literário brasileiro: Diadorim, de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Na mostra, os artistas analisam as diferentes metáforas e alegorias enigmáticas atribuídas a Diadorim ao longo da extensa narrativa de Guimarães Rosa. Ao todo, são 26 fotografias com registros da natureza, das humanidades e da relação das pessoas com o ambiente. Os trabalhos podem ser visitados a partir de hoje e até 29 de janeiro de 2022, com entrada gratuita. O espaço funciona de segunda a sexta, das 10h às 16h, e aos sábados, das 8h às 12h. Não é necessário o agendamento prévio para visitações, mas os protocolos de proteção devem ser seguidos durante a permanência no ambiente.
Rupturas de Sérgio Sant’Anna
O jornalista André Nigri é convidado da Academia Mineira de Letras para falar sobre um tema que merece atenção nos estudos literários. Ele apresenta a palestra “Rupturas externas e internas das vanguardas – nos 80 anos de Sérgio Sant’Anna” em vídeo que pode ser conferido no canal de Youtube da AML a partir das 11h de hoje. O escritor Sérgio Sant’Anna lançou 21 livros desde sua estreia em 1969, sete deles em pouco menos de 20 anos. Para o jornalista André Nigri, a trajetória desse escritor pode ser dividida entre a invenção formal, no registro das vanguardas de narrativas, e a interiorização, com o autor voltando para textos de corte memorialístico e indagações sobre a velhice. É essa a perspectiva abordada ao longo da palestra. André Nigri observa que essa perspectiva não implicou, em absoluto, a abdicação da preocupação inventiva. Afinal, não existe ficção sem provocação. André Nigri é mineiro de Belo Horizonte.
“Às que aqui ficaram”
A Tríade Cia de Teatro, formada pelas atrizes Dani Guimarães, Glenda Bastos e Wes Gomes, estreou o espetáculo “Às que aqui ficaram”. A apresentação gravada ficará em cartaz, disponível no YouTube da Tríade Cia, até janeiro de 2022. A montagem é o primeiro espetáculo que reúne em cena as três atrizes da companhia. O grupo se formou em 2016, numa experiência de direção coletiva, e desde 2019 estava em processo de criação com a diretora e atriz Gláucia Vandeveld e a dramaturga Luciana Campos. Devido à pandemia, o trabalho não pôde estrear-se presencialmente, e está agora na internet. “Às que aqui ficaram” foi inicialmente inspirada no livro “A guerra não tem rosto de mulher”, de Svetlana Aleksiévitch, que narra a vida de diferentes mulheres combatentes e sobreviventes da Segunda Guerra Mundial.
“Matéria Plástica”
O Serviço de Cooperação e Ação Cultural da Embaixada da França em Belo Horizonte, a Aliança Francesa Belo Horizonte e o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD), em parceria com a Prefeitura de Contagem, realizam a exposição “Matéria Plástica: Vida Selvagem”, que fica em cartaz no Casarão do Parque Gentil até o dia 31 de dezembro. O local foi todo remodelado e pintado e, agora, passa a receber o público que vai ao parque e aprecia a arte. A entrada é franca e não há necessidade de reservas prévias de horário. Todos os protocolos sanitários são seguidos. Nas telas expostas é possível perceber a afirmação de que o ser humano domestica a natureza por meio da produção de matérias plásticas. Com 22 painéis, de 58cm de largura por 118 cm de altura, a montagem traz um aspecto de revista em tela, alertando para a acumulação de dejetos no meio ambiente aquático.
Poços de Caldas no “Estações”
Seguindo os caminhos das antigas locomotivas de Minas Gerais, o programa “Estações”, da Rede Minas, segue pelo Sul do Estado. A equipe da emissora pública mineira desembarca em Poços de Caldas e mostra algumas das suas belezas para o público, hoje, às 20h. A cidade, que já foi distrito de Caldas, hoje ultrapassa mais de 160 mil habitantes. Muitos chegaram ali pelo trem, na estação inaugurada em 1886. O ramal, administrado pela Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, proporcionou o desenvolvimento da região com o deslocamento de pessoas, escoamento de produtos e minério. O “Estações” apresenta, também, atrativos do município. As famosas águas medicinais de Poços de Caldas são um convite para os turistas da região. As termas são antigas e receberam a visita de Pedro II, que ia de Petrópolis, no Rio de Janeiro, para a cidade mineira em busca das águas curativas.
Ouça a rádio de Minas