CURTAS VARIEDADES | 11/04

“Chuva de Papel”
A escritora e jornalista Martha Batalha, autora do sucesso de crítica e vendas “A vida invisível de Eurídice Gusmão”, participa presencialmente do Sempre Um Papo para lançar seu mais recente livro, “Chuva de Papel”. A conversa, mediada pelo jornalista Afonso Borges, acontece hoje, às 19h30, no Auditório da Cemig, com entrada gratuita. Editado pela Companhia das Letras, “Chuva de Papel” chegou às livrarias em março. A obra é um romance que acompanha a trajetória de Joel Nascimento, um repórter policial decadente que precisa encontrar forças para lidar com o dia a dia depois que ele é obrigado a morar de favor com a tia de um amigo, Glória. Ela é uma senhora energética, que exige mais interações e boas maneiras do que Joel está disposto a dar. A esse arranjo junta-se ainda a falante vizinha Aracy e seus dois chiuauas grisalhos. Dessa convivência cheia de atritos nasce um companheirismo inesperado e, à medida que Joel se ambienta à nova rotina, ele se vê diante de uma última história memorável que o faz voltar a escrever. Este é o terceiro livro de Martha Batalha.
Documentário mineiro
O longa-metragem documental “Fé e Fúria”, do cineasta mineiro Marcos Pimentel, será apresentado em uma sessão inédita com a presença da equipe do filme e do crítico Gabriel Araújo, amanhã, às 14h, no Cine Humberto Mauro. O documentário aborda os conflitos religiosos existentes em favelas e subúrbios do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte: o crescimento desenfreado das igrejas evangélicas e suas relações com os traficantes que comandam as comunidades tem provocado um desequilíbrio de forças religiosas nos morros e favelas, resultando em inúmeros casos de intolerância religiosa que interferem não somente na prática de cultos, mas também na estruturação do território e no comportamento de seus habitantes. “Fé e Fúria” aborda a conduta dos “traficantes evangélicos”, revelando como religião e poder caminham juntos nas periferias das grandes cidades brasileiras e alimentam a crescente onda conservadora que paira sobre o País. Para complementar a programação presencial, irá ocorrer uma sessão da mostra História Permanente do Cinema com o filme “O Sétimo Selo”, de Ingmar Bergman, que aborda a questão da religiosidade de uma forma tão emblemática quanto multifacetada. A sessão acontece na próxima quinta-feira, às 17h, e tem comentários de Ursula Rösele.
Música flamenca contemporânea
O Instituto Cervantes promove, na próxima quinta-feira, às 19h30, um show instrumental de música flamenca contemporânea, comandado pelo violonista uruguaio Pablo Vares. O evento será realizado na sede do instituto (rua dos Inconfidentes, 600, Funcionários) e terá entrada gratuita até completar a capacidade do local. A apresentação será um concerto de violão flamenco, um show solo de música autoral instrumental. Nela serão contemplados 14 anos de composições que fazem parte do primeiro disco do músico que está em processo de mixagem e masterização. “Refletem a minha própria trajetória desde pintor de parede no Uruguai, passando pela vida como artista de rua no Rio de Janeiro, até tocar em grandes produções em todo o Brasil. Entre músicas, conto um pouco dessa história, da história do flamenco, da história da arte de rua (profissão nobre e milenar) e de como enfrentar preconceitos na nossa sociedade para conquistarmos nossos sonhos”, destaca Pablo Vares. A apresentação une a tradição flamenca e a tecnologia do live looping, que permite criar diferentes timbres e vozes.
Produção cultural preta
O Memorial Vale convida o público a participar hoje e amanhã, de 18h às 21 h, do 1º Seminário de Produção Cultural Preta de Minas Gerais para discutir o papel das pessoas negras na produção cultural mineira. O evento é gratuito e é direcionado para pessoas pretas, pessoas trans, indígenas, pessoas da comunidade LGBTQIA+, periféricas e pessoas com deficiência. A organização é dos produtores e gestores de cultura Karú Torres, Nega Thé e Victor Magalhães. As inscrições devem ser feitas pelo link bit.ly/seminarioculturapreta. Mais informações na página instagram.com/ayadearteeculturanegra/. Haverá tradução em libras. O seminário será composto por palestrantes com notória experiência em produção cultural. O evento trará uma proposta diferente ao demonstrar a realidade vivida por produtores e gestores pretos de Minas Gerais, com compartilhamento e trocas acerca da produção cultural preta realizada em Minas. A realização é do Instituto Aya de Arte e Cultura Preta e Periférica, que é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos com a missão de fomentar, valorizar e potencializar ações da cultura preta, cultura afro-brasileira e periférica no Estado.
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