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Daniel de Jesus faz estreia como diretor

Daniel de Jesus faz estreia como diretor

Daniel de Jesus estreia como diretor de cinema com “Jardim do Crime”, cinco anos depois de largar tudo em Belo Horizonte. O premiado diretor de arte, cenógrafo e publicitário acumula mais de dez anos de experiência na área e diversos prêmios como o “Profissionais do Ano” da TV Globo; Prêmio Abril de Publicidade. O seu primeiro filme será exibido hoje, às 21h30, no canal do filme no Youtube, onde ficará disponível gratuitamente.

Há cinco anos morando no Rio de Janeiro, o mineiro criado no Vale do Jatobá realizou “Jardim do Crime com roteiro inspirado no conto Crimes de Amor, que faz parte do livro A Alma Encantadora das Ruas, de João do Rio. O premiado ator e diretor Renato Carrera atua no média-metragem interpretando o narrador e quatro personagens.

Produzido durante o período de confinamento e filmado apenas com um celular e duas pessoas, o diretor e o ator, em uma casa com quintal no centro do Rio de Janeiro, a obra é um passeio pela mente sombria de cinco assassinos que mataram por “amor”.O trabalho apresenta uma linguagem híbrida entre o cinema, teatro e artes visuais.

No filme, cinco assassinos revelam os detalhes de seus atos, movidos pelas loucuras das paixões, a um misterioso narrador durante sua visita à antiga Casa de Detenção – local que viria a se tornar o antigo presídio Frei Caneca, hoje demolido e transformado em condomínio residencial.

Daniel de Jesus propõe uma imersão na mente sombria dos criminosos e seus atos destrutivos. São pessoas que mataram seus amores pela loucura que a paixão sopra no mundo, pois, segundo o enigmático narrador (alterego do autor), “o assassino por amor é o único delinquente que confessa o crime com tanta riqueza de detalhes e o que mais guarda a narrativa do ato na memória.”

Com referências ao estilo surrealista e linguagem assumidamente teatral (devido à experiência do ator e do diretor no universo do teatro) o filme foi realizado em casa, durante a pandemia, com recursos do auxílio emergencial proporcionado pelo governo do Estado do Rio de Janeiro que premiou mais de 1.500 artistas com a quantia de R$ 2.500,00 para cada projeto.

A produção foi desenvolvida em quatro meses, de maio a agosto, e contou apenas com duas pessoas na equipe e um celular antigo: o estreante diretor – que também se dividiu entre todas as outras funções técnicas como roteiro, edição, som, figurino, luz, edição, montagem, fotos e programação visual, e o ator Renato Carrera, que se desdobrou entre todos os papéis interpretando desde um suicida a um rapaz honesto, um barbeiro, uma mulher e um carismático e curioso narrador.

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