Diário do Comércio recebe capacitação com metodologia Dragon Dreaming

O DIÁRIO DO COMÉRCIO participou, nesta segunda e terça-feira, de trabalhos de capacitação com a equipe da agência Coletivo É com o objetivo de assimilar os conceitos da metodologia Dragon Dreaming. A professora da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Mariana Mayumi, explica que o Dragon Dreaming é uma metodologia de gestão colaborativa de projetos que tem como meta apresentar uma nova maneira de atuar coletivamente.
“É uma forma de gestão horizontalizada, que trabalha a criatividade e que busca explorar o potencial da inteligência coletiva”, esclarece.
Na visão de Mariana Mayumi essa forma de trabalho tem se perdido em nossa cultura. A professora conta que estamos acostumados a esperar por ordens de terceiros, o que é o oposto do que é pregado nesse sistema que busca estimular criação em equipe.
Ela conclui que o Dragon Dreaming possui grande potencial de transformar a sociedade, já que um dos objetivos dessa metodologia é trabalhar a sustentabilidade, o fortalecimento das comunidades, além do potencial de crescimento pessoal.
A professora liderou os trabalhos realizados na sede do DIÁRIO DO COMÉRCIO e explicou que essa capacitação busca não só preparar as pessoas com a metodologia, como também construir projetos que poderão ressignificar a comunicação como um veículo de transformação social e ambiental.
Potência do coletivo
Já a presidente do DIÁRIO DO COMÉRCIO, Adriana Muls, conta que o objetivo é conhecer essa metodologia e ver como aplicar junto à equipe esse ciclo proposto pelo Dragon Dreaming: sonhar, planejar, realizar e celebrar.
“Nosso objetivo com isso é conhecer essa metodologia que traz a força do sonhar e mostra que é possível concretizar sonhos, mas por meio da potência do coletivo”, declara.
A diretora de estratégia e relacionamento do Coletivo É, Junia Carvalho, revela que conheceu esse conceito por meio de um livro da pesquisadora Joanna Macy, chamado “Nossa Vida Como Gaia”.
“Quando terminei de ler o livro, que fiquei profundamente impactada, eu fui procurar quem fazia isso no Brasil. E tive a grata felicidade de saber que no Brasil essa metodologia prosperou muito e assim encontrei a Mariana Mayumi”, relata.
Depois disso, a diretora da agência entrou em contato com a professora da UFV e convenceu sua equipe a marcar um treinamento para trabalhar com essa metodologia.
Os dois pilares da transformação
Junia Carvalho também revelou que o Coletivo É tem buscado trabalhar a comunicação por meio de outro ângulo. “A gente acha que o papel da comunicação é transformar. Então a gente quer promover a transformação das pessoas quando a gente chega até elas”, comenta.
Ela conta que esse processo de transformação por meio da comunicação deve passar por dois pilares: simplificar e humanizar.
No primeiro caso, é preciso simplificar a linguagem de uma maneira que a pessoa possa entender. “Não adianta você falar para as pessoas o que elas não entendem, assim você só vai criar resistência”, reforça.
Já no segundo, a humanização seria considerar que diante de nós há sempre uma pessoa com sentimentos, valores, resistências e medos. “Para transformar, você tem que sair do seu lugar de produtora de conhecimento e entrar no lugar de aprendiz. Porque eu preciso aprender quem é você primeiro para eu falar com você”, explica.
Ela lembra que a possibilidade do outro não entender o que está sendo transmitido ou de apenas aceitar tudo de maneira passiva é grande, e isso não pode ser o objetivo da comunicação.
Empatia
Junia Carvalho destaca a importância de se colocar no lugar do outro e reforça que essa metodologia permite que você crie uma solidariedade com o outro. “Você compreende ela (pessoa), porque aquela dor que ela está sentindo é sua também, você sabe como aquilo dói e é difícil”, disse.
Por fim, ela conta que o Coletivo É tem uma proposta de transformar pela simplificação e pela humanização. “Isso tem tudo a ver com a metodologia do Dragon Dreaming, que é sonhar, planejar, realizar e celebrar”, afirma.
Ela ainda explica que o que a gente faz aqui pode influenciar e transformar as comunidades ao nosso redor com o intuito de que cada vez mais pessoas sintam que ecologia profunda não é um conceito de livro, mas sim de vida.
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