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Diário do Comércio recebe capacitação com metodologia Dragon Dreaming

Metodologia de gestão colaborativa de projetos tem como objetivo apresentar uma nova maneira de trabalhar coletivamente
Diário do Comércio recebe capacitação com metodologia Dragon Dreaming
O DIÁRIO DO COMÉRCIO participou de treinamento com a equipe da agência Coletivo É | Crédito: Leonardo Morais / Diário do Comércio

O DIÁRIO DO COMÉRCIO participou, nesta segunda e terça-feira, de trabalhos de capacitação com a equipe da agência Coletivo É com o objetivo de assimilar os conceitos da metodologia Dragon Dreaming. A professora da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Mariana Mayumi, explica que o Dragon Dreaming é uma metodologia de gestão colaborativa de projetos que tem como meta apresentar uma nova maneira de atuar coletivamente.

“É uma forma de gestão horizontalizada, que trabalha a criatividade e que busca explorar o potencial da inteligência coletiva”, esclarece.

Na visão de Mariana Mayumi essa forma de trabalho tem se perdido em nossa cultura. A professora conta que estamos acostumados a esperar por ordens de terceiros, o que é o oposto do que é pregado nesse sistema que busca estimular criação em equipe.

Ela conclui que o Dragon Dreaming possui grande potencial de transformar a sociedade, já que um dos objetivos dessa metodologia é trabalhar a sustentabilidade, o fortalecimento das comunidades, além do potencial de crescimento pessoal.

A professora liderou os trabalhos realizados na sede do DIÁRIO DO COMÉRCIO e explicou que essa capacitação busca não só preparar as pessoas com a metodologia, como também construir projetos que poderão ressignificar a comunicação como um veículo de transformação social e ambiental.

Potência do coletivo

Já a presidente do DIÁRIO DO COMÉRCIO, Adriana Muls, conta que o objetivo é conhecer essa metodologia e ver como aplicar junto à equipe esse ciclo proposto pelo Dragon Dreaming: sonhar, planejar, realizar e celebrar.

“Nosso objetivo com isso é conhecer essa metodologia que traz a força do sonhar e mostra que é possível concretizar sonhos, mas por meio da potência do coletivo”, declara.

A diretora de estratégia e relacionamento do Coletivo É, Junia Carvalho, revela que conheceu esse conceito por meio de um livro da pesquisadora Joanna Macy, chamado “Nossa Vida Como Gaia”.

“Quando terminei de ler o livro, que fiquei profundamente impactada, eu fui procurar quem fazia isso no Brasil. E tive a grata felicidade de saber que no Brasil essa metodologia prosperou muito e assim encontrei a Mariana Mayumi”, relata.

Depois disso, a diretora da agência entrou em contato com a professora da UFV e convenceu sua equipe a marcar um treinamento para trabalhar com essa metodologia.

Os dois pilares da transformação

Junia Carvalho também revelou que o Coletivo É tem buscado trabalhar a comunicação por meio de outro ângulo. “A gente acha que o papel da comunicação é transformar. Então a gente quer promover a transformação das pessoas quando a gente chega até elas”, comenta.

Ela conta que esse processo de transformação por meio da comunicação deve passar por dois pilares: simplificar e humanizar.

No primeiro caso, é preciso simplificar a linguagem de uma maneira que a pessoa possa entender. “Não adianta você falar para as pessoas o que elas não entendem, assim você só vai criar resistência”, reforça.

Já no segundo, a humanização seria considerar que diante de nós há sempre uma pessoa com sentimentos, valores, resistências e medos. “Para transformar, você tem que sair do seu lugar de produtora de conhecimento e entrar no lugar de aprendiz. Porque eu preciso aprender quem é você primeiro para eu falar com você”, explica.

Ela lembra que a possibilidade do outro não entender o que está sendo transmitido ou de apenas aceitar tudo de maneira passiva é grande, e isso não pode ser o objetivo da comunicação.

Empatia

Junia Carvalho destaca a importância de se colocar no lugar do outro e reforça que essa metodologia permite que você crie uma solidariedade com o outro. “Você compreende ela (pessoa), porque aquela dor que ela está sentindo é sua também, você sabe como aquilo dói e é difícil”, disse.

Por fim, ela conta que o Coletivo É tem uma proposta de transformar pela simplificação e pela humanização. “Isso tem tudo a ver com a metodologia do Dragon Dreaming, que é sonhar, planejar, realizar e celebrar”, afirma.

Ela ainda explica que o que a gente faz aqui pode influenciar e transformar as comunidades ao nosso redor com o intuito de que cada vez mais pessoas sintam que ecologia profunda não é um conceito de livro, mas sim de vida.

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