Escola Guignard ganha homenagem da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais

A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) se junta a Toninho Horta, Marcus Viana (foto), Tadeu Franco e Trio Amaranto para celebrar os 80 anos da Escola Guignard, instituição que já funcionou no Palácio das Artes e guarda intensa relação com o complexo cultural, em um concerto que promete unir música e artes visuais no reconhecimento da excelência artística mineira. Parte do projeto “80 e Sempre”, o segundo concerto de 2024 da série Sinfônica Pop, “As Minas de Guignard” será apresentado hoje e amanhã, às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.
No repertório, canções de Milton Nascimento, Beto Guedes e dos próprios Marcus Viana e Toninho Horta, além de outros artistas. A regência dos concertos é de André Brant, maestro assistente da OSMG.
No telão do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, os espectadores dos concertos acompanharão, ao longo das apresentações, imagens de obras pintadas tanto por Alberto da Veiga Guignard, criador da Escola, quanto por alunos da primeira turma da instituição. A classificação indicativa é dez anos, com ingressos disponíveis para hoje, vendidos a R$ 30,00 a inteira e R$ 15,00 a meia-entrada, que podem ser adquiridos na bilheteria do Palácio das Artes ou na plataforma Eventim. Para amanhã, os ingressos estão esgotados.
Após sua criação em 1944, a Escola Guignard funcionou no Palácio das Artes por 44 anos, entre 1950 e 1994, mesmo antes da inauguração oficial do complexo. O concerto As Minas de Guignard não poderia então partir de outra confluência, senão da música popular feita em Minas Gerais e levada ao público no Palácio das Artes, para falar sobre o que é próprio da arte no estado. Foi neste local que o músico Tadeu Franco estreou como cantor profissional em 1979, e é ao Palácio que ele volta para cantar sucessos como “Sol de Primavera”, “Nós dois” e “Encontros e Despedidas”. Tadeu conta que o concerto presta um tributo à Escola Guignard justamente ao tratar as coisas simples e comuns de Minas com a grandiosidade que a rica cultura do Estado merece.
Ele, Marcus Viana e o Trio Amaranto subirão ao palco juntos pela primeira vez, unindo-se também a Toninho Horta, em uma junção de grandes nomes da cena mineira. Entre canções muito consagradas da música regional, haverá uma que homenageia especialmente o artista Alberto da Veiga Guignard, que empresta o nome não somente à escola, mas também à maior galeria do Palácio das Artes: Aos Olhos de Guignard, gravada em 2001 pelo Trio Amaranto.
Marcus Viana, que fecha o concerto com a grandiosa e apoteótica música “Novo Século”, volta a tocar com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais após quase dois anos, desta vez também ao lado do filho, João Viana, ao piano. São dele os clássicos “Miragem” e “Pátria Minas”, que estarão no repertório.
Ao comemorar seus 80 anos, a Escola Guignard continua a ser vital e vibrante, transcendendo as fronteiras do Estado e enriquecendo a cena artística do Brasil e do mundo como um todo. É o que afirma o músico Toninho Horta, que cantará, dentre outras, obras inesquecíveis em sua voz, como “Quadros Modernos” e “Belo Horizonte”. “A geração de artistas das décadas de 1950, 60 e 70 foi de fundamental importância para o desenvolvimento da cultura de Minas Gerais. Vários artistas, hoje famosos no mundo, fizeram parte da Escola Guignard. Esse encontro com os representantes da cena musical popular mineira e com a brilhante Orquestra Sinfônica de Minas Gerais é muito propício para a homenagem a uma instituição tão icônica do Estado”, reconhece.
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