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Espetáculo teatral aborda envelhecimento

Espetáculo teatral aborda envelhecimento
Crédito: Freepik

Belo Horizonte será a primeira cidade brasileira a receber, de amanhã a domingo, o espetáculo teatral “Intimidade Indecente”, com os consagrados atores Eliane Giardini e Marcos Caruso, no palco do Centro Cultural Sesiminas (rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia).

A comédia romântica vem de dois meses e meio de uma turnê vitoriosa em Portugal – onde foi assistida por 22 mil espectadores, em seis cidades. Os ingressos custam: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia) / R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia).

Dirigida por Guilherme Leme Garcia, a peça, um dos maiores sucessos da dramaturga paulistana Leilah Assumpção, na contramão das comédias românticas mais tradicionais, começa com a separação de um casal por volta dos 60 anos de idade.

A química dos atores Eliane Giardini e Marcos Caruso refletida em cena já havia sido testada e aprovada pelo público, em 2012, quando a dupla deu vida ao impagável casal Leleco e Muricy, da novela “Avenida Brasil”.“Há tempos temos vontade de dividir o palco. Após fazermos um casal na novela, essa vontade só aumentou. Impossível não aceitar o convite”, afirma Caruso.

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“A peça fala sobre quatro momentos muito emblemáticos da vida desse casal. Nosso primeiro movimento é apresentá-los na faixa dos 60 anos, terminando um grande casamento, uma grande relação. E, aí, eles se reencontram durante as próximas décadas. É um casamento que não termina, uma separação que não dá certo. É sobre esse casal que tem uma afinidade tão grande que continua junto para o resto da vida, independentemente do estado civil ou da condição geográfica”, conta.

Mariano (Marcos Caruso) e Roberta (Eliane Giardini) formam um casal sessentão desgastado pela mesmice da rotina. O desejo esfriou, falta sexo e a implicância mútua sobra. Ávidos por novas experiências, entendem que não há mais porque continuar juntos.

Acontece que, como num efeito bumerangue, a vida insiste em devolver um ao outro. E é nessas idas e vindas que, aos poucos, os dois se descobrem grandes cúmplices. O sentimento, ainda vivo e sólido, faz com que se entendam mais do que com qualquer outra pessoa de fora. Assim, conforme os anos vão passando, resistem cada vez menos à presença um do outro.

O palco é ocupado apenas por um grande sofá. Não há trocas de roupa. Dispensando artifícios, os dois atores constroem o envelhecimento de seus personagens se valendo basicamente do seu trabalho de interpretação.

“O envelhecimento, dos 60 aos 90 anos, sem utilizarmos maquiagem, sem troca de figurino e sem sair de cena, essa passagem do tempo à vista do público, com mudança física e vocal, é o que mais fascina o espectador”, avalia Caruso.

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