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Estudante pode ter nova aplicação do Enem digital

Estudante pode ter nova aplicação do Enem digital
Crédito: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Rio de Janeiro – Candidatos que não puderam participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) digital por estarem com sintomas da Covid-19 ou de outra doença infectocontagiosa e aqueles que não conseguiram fazer as provas por problemas logísticos já podem pedir, na “Página do Participante”, para serem incluídos na reaplicação do Enem. O prazo vai até a próxima sexta-feira.

As provas do Enem digital foram aplicadas nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Nas semanas que antecederam cada uma das aplicações, os candidatos puderam enviar exames e laudos médicos ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Aqueles que ainda não o fizeram poderão, agora, acessar o sistema on-line. As provas da reaplicação serão nos dias 23 e 24 de fevereiro, apenas na versão impressa.

De acordo com balanço divulgado pelo Inep, 320 participantes do Enem digital já fizeram os pedidos. Foram aprovadas 194 solicitações. O prazo para os pedidos de reaplicação do Enem impresso foi entre os dias 25 e 29 de janeiro. Os resultados das análises dos pedidos, tanto dos participantes do Enem impresso quanto do digital, serão divulgados até dia 15 deste mês.

Além da Covid-19, podem solicitar a reaplicação participantes com coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, varicela.

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Segundo o Inep, para a análise da possibilidade de reaplicação, a pessoa deverá inserir, obrigatoriamente, no momento da solicitação, documento legível que comprove a doença. Na documentação, deve constar o nome completo do participante, o diagnóstico com a descrição da condição, o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10), além da assinatura e da identificação do profissional competente, com o respectivo registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente, assim como a data do atendimento. O documento deve ser anexado em formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2 MB.

Problemas logísticos – Também poderão pedir a reaplicação estudantes que tenham sido prejudicados por problemas logísticos. De acordo com o edital do Enem, são considerados problemas logísticos, por exemplo, desastres naturais que prejudiquem a aplicação do exame devido ao comprometimento da infraestrutura do local, falta de energia elétrica, falha no dispositivo eletrônico fornecido ao participante que solicitou uso de leitor de tela ou erro de execução de procedimento de aplicação que incorra em comprovado prejuízo ao participante.

No primeiro dia de aplicação do Enem digital, foi registrado problema em um servidor, o que atrasou o envio das provas para os computadores onde os participantes fariam o exame. Por causa do tempo, eles não puderam fazer as provas. Esses participantes também terão direito à reaplicação. 

Também terão direito à reaplicação os estudantes que fariam a prova no Amazonas, onde o exame foi suspenso por causa dos impactos da pandemia. As provas do Enem digital foram também suspensas em um dos locais de prova em Macapá (AP), por conta de problemas de infraestrutura.

Os pedidos de reaplicação serão analisados pelo Inep. A aprovação ou a reprovação do pedido deverá ser consultada também na Página do Participante. Os participantes também podem entrar em contato com o Inep pelo telefone 0800 616161. O Inep recomenda, no entanto, que os candidatos façam a solicitação pela internet.

O Enem 2020 teve uma versão impressa, aplicada nos dias 17 e 24 de janeiro, e uma digital, realizada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Ao todo, cerca da metade dos inscritos no Enem impresso e aproximadamente 70% do Enem digital faltaram às provas. 

O Inep divulgará amanhã os gabaritos das questões objetivas do Enem digital. Os cadernos de prova já estão disponíveis na página da autarquia. 

O resultado final, tanto da versão impressa quanto da digital e da reaplicação, será divulgado no dia 29 de março. Os candidatos podem usar as notas para concorrer a vagas no ensino superior, por meio de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior, o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo em instituições privadas, e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).  (ABr)

Modelo de prova mais seguro recebe elogios

Rio de Janeiro – Após o fim da aplicação do primeiro Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) digital, estudantes elogiaram o novo modelo de prova. Segundo os entrevistados pela Agência Brasil, uma das vantagens é não precisar marcar as respostas em um cartão no fim da aplicação. Estudantes relatam também que salas estavam mais vazias no último domingo do que no primeiro dia de prova, no dia 31 de janeiro.

“Uma coisa que eu gostei bastante foi a segurança de não errar o preenchimento do cartão de resposta. Achei muito boa a experiência de fazer a prova no computador. Me senti mais organizada”, disse a estudante Anna Marya Freitas, que fez a prova no Rio de Janeiro. As marcações das respostas eram feitas na própria tela. A estudante, que pretende cursar direito ou pedagogia, disse, no entanto, que sentiu mais dificuldade no segundo dia de aplicação. “Estou cansada demais”, afirmou.

O técnico em informática Franklyn Pinheiro também aprovou o modelo digital. “Comparando o papel com o digital, eu prefiro o digital porque o papel é muito demorado. Tem que preencher os campos e ainda tem que pintar. Ficou melhor agora, não demora muito, e os campos são preenchidos automaticamente”, disse. Ele pretende usar o Enem para fazer agora um curso superior de ciências da computação.

Este foi o primeiro ano que o Enem foi aplicado no modelo digital, para um número reduzido de alunos. Ao todo, 93 mil candidatos estavam inscritos para fazer as provas. A aplicação seguiu o mesmo modelo da prova impressa. Apesar de ser digital, era preciso ir até o local de prova e os participantes tiveram o mesmo tempo para resolver as questões. No dia 31, foram aplicadas as provas de linguagens, ciências humanas e redação. No último domingo, os candidatos fizeram as provas de matemática e ciências da natureza.

Pandemia – Segundo a estudante Leticia Pereira, a prova não estava difícil, mas o fato de as aulas presenciais terem sido suspensas por conta da pandemia da Covid-19 prejudicou o preparo. “Não tive aula na escola, estudei em casa, por meio de aplicativos e de vídeos de pré-vestibulares. Deu para estudar, mas na escola é mil vezes melhor. No ensino presencial a gente tem acesso ao professor, consegue tirar dúvidas. Estudando pela internet, pelo You Tube, a gente não consegue muito. Presencial é bem melhor”, disse.

O número reduzido de participantes foi o que fez Leticia optar pela versão digital, também no Rio de Janeiro. “Por conta da pandemia, eu achei que a digital teria menos aglomeração”, disse a estudante, que quer cursar educação física ou administração. Ela diz que se sentiu mais segura e se surpreendeu com a prova no computador, que achou “muito prática”.

“Tinha pouca gente, me senti melhor em relação à segurança em relação à Covid-19. E hoje teve ainda menos gente que no primeiro dia”, disse o estudante Thomas Formiga, que também fez a prova no Rio. Ele pretende cursar música.

O estudante também elogiou o modelo digital. “Eu fiz o Enem regular em 2019 e, em comparação, eu achei muito melhor o fato que pode marcar uma pergunta para fazer depois, pode voltar, ir para frente e para trás com facilidade. O fato de a tela estar na altura do rosto, faz com que não doa o pescoço, como na prova impressa”, observou.

Apesar de ser feita em tela, era preciso levar, como na aplicação impressa, caneta de tinta preta em ambos os dias de aplicação. No primeiro dia, porque a redação era feita à mão. E, no segundo, porque era possível fazer os cálculos em uma folha rascunho. A possibilidade de escrever as contas feitas também foi elogiada por participantes. Era possível escrever na tela, com o mouse, mas escrever à mão era mais confortável. (ABr)

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