Evaldo Nogueira faz show de lançamento de álbum inédito nesta terça-feira

Um álbum musical leve e cheio de esperança para “valorizar a vida, a essência das mulheres e celebrar o respeito”. Foi assim que o cantor, arranjador e compositor mineiro Evaldo Nogueira definiu “Tão Diferente e Tão Igual”, seu primeiro álbum de músicas inéditas. O trabalho será lançado amanhã, dia 20 de junho em um show inédito às 19h, no Espaço Asa de Papel Café & Arte, no bairro Santa Efigênia, Zona Leste de Belo Horizonte.
Este é um álbum no qual o artista também vai celebrar anos felizes de uma profícua carreira, que já soma 110 composições autorais, dentre elas, canções produzidas ao lado de dois importantes amigos compositores, Ivana Andrés e Luciano Luppi.
Evaldo Nogueira é um homem preto e deficiente visual. Com o seu talento, encontrou na arte da música uma oportunidade transcendente de conectar-se ao público para tratar, de forma leve, estas que são duas realidades que ainda geram preconceitos nos dias atuais. Para ele, as músicas podem transformar a dor e as dificuldades em uma forma de enxergar a beleza, mesmo que os olhos não possam ver.
“O meu encantamento pela música começou dentro da minha casa. O meu pai tocava violão e eu via ele tocando as músicas de Oscar Calheiros e também de nomes saudosos como os de Orlando Silva, Carlos Galhardo e Nelson Gonçalves. Ele gostava muito de Nelson Gonçalves”, conta Evaldo Nogueira.
Com o passar do tempo, devido a sua deficiência visual, o artista foi estudar em um colégio especializado para pessoas cegas no Estado do Rio de Janeiro, onde ficou até os seus 15 anos.

“Por lá, eu também tive um grande contato com o universo musical, pois era um ambiente com muita música. Tínhamos naquele espaço vários instrumentos, inclusive participei de um coral na época. Aos meus 15 anos, voltei para Minas Gerais, e foi em Belo Horizonte, onde, de fato, aprendi a tocar violão. Já que meu pai me ensinou as primeiras posições, estudei depois violão clássico e o resto fui aprendendo e ganhando asas”, relembra.
Inspirado em seus ídolos, os conjuntos vocais de doo-wop, soul e do movimento cultural jovem-guarda, que tinha entre as sensações do momento as bandas Trio Esperança, Trio Ternura e Renato e Seus Blue Caps, Evaldo Nogueira foi aprimorando o seu talento tanto na voz quanto ao dedilhar as cordas de seu violão.
Saiba mais sobre o projeto musical do artista
Em meio ao lançamento de “Tão Diferente e Tão Igual” nas plataformas, o artista se prepara para levar também ao público as suas canções inéditas como “Alegria de Viver”, “Ar”, “Inclusão”, “Racismo e Preconceito, Jamais”, além de outras 11 faixas.
Dentre as faixas, uma especial toca o coração de Evaldo Nogueira. “Neste trabalho, eu gosto de todas as faixas, aliás, é tão difícil escolher, mas uma canção muito especial é a faixa ‘Oito de Março’, pois ela tem um significado importante”, escolhe.
“É uma canção que entrega valor às mulheres e fala da essência da mulher. É também uma faixa que me marca muito, pois eu sou um homem feminista e eu sempre falo que existe uma grande diferença entre você gostar de mulher e gostar da mulher. Ela traz uma mensagem que fala dessa ótica e dessa beleza. É uma canção que me diz muito e tem uma melodia linda. Inclusive, este projeto foi realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Graças ao projeto pode realizar este sonho”, completa o artista.
Para o show de lançamento do disco “Tão Diferente e Tão Igual”, a apresentação do artista terá um formato intimista e contará com a presença de um intérprete de Libras. Para quem deseja adquirir o álbum inédito, no dia do show haverá distribuição gratuita da obra ao público.
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