Exposição propõe ação imersiva e sensorial com uma floresta dentro de BH

Uma floresta vai nascer em Belo Horizonte! É o “Histórias da Floresta – Segredo das Águas”, uma instalação imersiva e sensorial que chega ao Museu de Artes e Ofícios (MAO), a partir desta terça-feira (10). É um convite para que crianças e adultos tenham um reencontro com a natureza e os saberes ancestrais. A entrada é gratuita.
Durante cerca de um mês, o público será conduzido por uma jornada pelas águas e matas da floresta. Sons, silêncios, luzes, sombras e texturas compõem a ambientação que recria rios cenográficos e convida à escuta da natureza. O que ela tem a dizer ou lembrar?
Realizada pela produtora Colorida Cultura Infância, em sua segunda edição nacional do projeto de educação “Histórias da Floresta”, a experiência traz como tema central as águas e, para isso, abordará suas profundezas, mistérios e vínculos com a vida humana.
A instalação ganha forma com árvores, animais, rios e histórias onde o visitante vai poder passear. A arquitetura incorpora elementos das construções indígenas, como o Ocaruçu, abrigo tradicional onde histórias são contadas e comunidades se reúnem. Um espaço pensado para provocar conexão, pertencimento e memória.
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“O objetivo é despertar, de forma lúdica e sensível, uma reflexão sobre o nosso vínculo com o planeta. Resgatar o sentimento de pertencimento e a urgência de uma reconexão com a natureza e com o bem comum”, afirma a gestora cultural idealizadora do projeto, Flávia Milbratz.
Ela completa: “Queremos conectar as infâncias – de crianças e adultos – a esse ambiente que antecede as cidades e é a essência de todos nós. Nessa edição, a força das águas vem para falar da profundidade dessa relação e da responsabilidade de cada um com a vida na Terra”.
Recursos digitais
A experiência também integra recursos digitais como totens interativos que vão revelar histórias protegidas pelos “encantados” – seres mágicos que guardam os segredos do natural e do ancestral. São narrativas que recriam saberes dos povos originários e convidam ao redescobrimento da essência de cada um.
Além da instalação, a programação complementar conta com 15 oficinas e show. Os interessados podem experimentar a contação de histórias, cerâmica, pintura corporal indígena, canto e outras manifestações integradoras e desenvolvidas em sua maioria por indígenas mineiros.
“A mostra é um convite à contemplação, onde o tempo desacelera e a floresta fala. É ali, entre o sussurro das folhas e o fluxo das águas, que os visitantes podem imaginar novos mundos – e criar suas próprias histórias”, reforça a produtora do evento. Maria Elis.
ONU
“Histórias da Floresta: Segredo das Águas” reforça o compromisso com a Agenda 2030 da ONU, alinhando-se a 10 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e suas metas para a educação, bem-estar, meio ambiente e inclusão social.
Flávia Milbratz ressalta a importância de ocupar espaços museológicos com experiências sensíveis desde a primeira infância: “Estamos a cinco anos do prazo da Agenda 2030. Projetos como o ‘Histórias da Floresta’ sensibilizam as novas gerações para a urgência do cuidado com o planeta. É uma experiência estética que transforma percepção em ação.”
MM2032
Como a exposição, o Diário do Comércio corrobora com a Agenda 2030 e lidera, em parceria com o Instituto Órior, o Movimento Minas 2032 (MM2032). O movimento propõe uma discussão sobre um modelo de produção duradouro e inclusivo, capaz de ser sustentável, e o estabelecimento de um padrão de consumo igualmente responsável, com base nos ODS, preconizados pela ONU desde 2015.
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