Variedades

FCS apresenta a mostra “De Corpo e Alma”

FCS apresenta a mostra “De Corpo e Alma”
#DC Mais | Imagem: Pexels / Arte: Will Araújo

 A Fundação Clóvis Salgado (FCS), por meio do Cine Humberto Mauro e da Cia. de Dança Palácio das Artes, apresenta a mostra “De Corpo e Alma”, que exibe gratuitamente sete filmes cujo elemento principal é a dança. As sessões acontecem a partir de hoje e até o próximo dia  17, no Cine Humberto Mauro, e integram a celebração dos 50 anos da companhia, completados em 2022. Além dos longas-metragens, serão exibidos vídeos de performances realizadas pela Cia. Dança Palácio das Artes durante a pandemia. O primeiro dia da mostra traz ainda um debate com Cristiano Reis, diretor do grupo, e os bailarinos Anahí Poty, Maíra Campos e Ivan Sodré. Na conversa, que ocorre às 19h30, serão abordados os processos de criação e o dia-a-dia da Cia.

O recorte de filmes selecionados na curadoria da mostra “De Corpo e Alma” é focado em narrativas nas quais as personagens desejam ser profissionais da dança ou já têm uma trajetória de sucesso na profissão. Do musical ao horror, passeando por produções europeias e estadunidenses, a mostra traz tanto longas-metragens clássicos dos anos 1940 e 50 quanto filmes de dança muito populares da década de 80, passando ainda pela reimaginação recente de uma cultuada obra italiana de terror dos anos 70.

Dos sete filmes que compõem a curadoria, três deles destacam o universo do balé clássico: De Corpo e Alma (2003), que dá nome à mostra, “Billy Elliot” (foto), de 2000, e “Sapatinhos Vermelhos” (1948). No caso do último, trata-se de um clássico inglês que é aclamado tanto por sua fotografia exuberante em technicolor quanto pelo longo e complexo número de dança principal, que faz uso de recursos cinematográficos (planos fechados e efeitos especiais, por exemplo) de modo a se destacar da teatralidade do balé e potencializar a sequência de dança. É ainda uma das mais bem-sucedidas parcerias da reconhecida dupla de diretores britânicos Michael Powell e Emeric Pressburger.

Dança moderna – “Flashdance – Em Ritmo de Embalo” (1983) tem elementos de dança moderna e de jazz, além de dança contemporânea. “A Roda Fortuna” (1953), por sua vez, apresenta aquele que é considerado o rei do sapateado Fred Astaire contracenando com sua igualmente celebrada parceira Cyd Charisse. O astro do pop Michael Jackson era um grande fã do filme dirigido pelo cineasta Vincent Minelli, e o musical da Metro-Goldwyn-Mayer, tido como um dos maiores de todos os tempos, foi inclusive a inspiração confessa do cantor e dançarino em alguns de seus clipes.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Filme mais recente da lista, o remake “Suspíria: A Dança do Medo” (2018) apresenta a dança contemporânea em um universo do terror. O filme, que aposta no horror corporal, é uma releitura do longa homônimo lançado pelo cineasta italiano Dario Argento em 1977 e, como o original, se passa em uma prestigiada escola alemã de dança que esconde diversos segredos obscuros. Das terras germânicas para um centro urbano americano, a obra “Na Onda do Break” (1984) é um dos primeiros filmes a apresentar a cultura do hip hop em Nova York.

Vídeos – Outra chave da programação são os vídeos de performances da Cia. de Dança realizados entre 2020 e 2021, sendo este último ano o marco de cinco décadas de existência do corpo artístico. São, no total, 13 vídeos curtos (entre 2 e 9 minutos) que contêm coreografias concebidas e realizadas pelos bailarinos da companhia e serão exibidos antes de cada longa-metragem, em uma conversa entre artes. Em comum com os filmes, os registros trazem o olhar sobre a vida e o corpo que são atravessados por questões contemporâneas da existência, explicitando como essa conjunção é transmutada em arte e privilegiando a forma de criação que dialoga com o contemporâneo, própria da Cia. de Dança.

Entre os vídeos está “Abraço”,primeiro a ser publicado pela companhia em meio ao distanciamento – ainda em abril de 2020 – e que abre a mostra “De Corpo e Alma”.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas