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FCS exibe hoje “Uma Carta para Mário”

FCS exibe hoje “Uma Carta para Mário”
Crédito: Agência O Globo

Minas Gerais, Amazonas, Bahia. Esses foram alguns dos estados visitados por Mário de Andrade em sua busca por descobrir as raízes do Brasil. As itinerâncias, realizadas de 1919 a 1929 por um dos principais expoentes do modernismo nacional, ajudaram a construir a identidade do movimento brasileiro. As jornadas ao território mineiro, em 1919 e 1924, são o mote do documentário “Uma Carta para Mário”, dirigido por Armando Mendz, que estreia hoje, às 20h, no Cine Humberto Mauro.

O evento, que é gratuito e tem retirada dos ingressos 1 hora antes da sessão na bilheteria do espaço, é parte integrante do programa “O Modernismo em Minas Gerais” da Fundação Clóvis Salgado (FCS), que até o fim deste ano realiza inúmeras ações para celebrar o movimento considerado o mais pungente de nossas artes. A exibição faz parte da mostra “Veredas Antropofágicas”, que relaciona o cinema de invenção brasileiro e o modernismo.

O filme de Mendz parte de uma carta escrita por Luiz Ruffato para Mário de Andrade, onde faz um relato das consequências da Semana de Arte Moderna de 1922 para a cultura de Minas Gerais e do País. O trabalho ainda conta com a participação do poeta mineiro Ricardo Aleixo, que interpreta trechos do poema “Noturno de Belo Horizonte”, escrito por Mário de Andrade a partir de sua visita à capital mineira em 1924.

Para o diretor da obra “Uma Carta Para Mário” é um registro afetuoso sobre o modernismo em Minas Gerais e seus desdobramentos. “Ao mesmo tempo em que marca uma efeméride – os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922 – o trabalho resgata e reflete sobre o legado do movimento modernista, que pensava o futuro no presente, mas sempre buscando nas nossas raízes a identidade brasileira. Que não negava nossas contradições, mas tentava abraçá-las. Um pensamento que foi, é e sempre será importante, assim como o próprio movimento, fundamental para a cultura brasileira do século XX e que, ainda hoje, ecoa na luta pela diversidade, pela liberdade de criação e no pensar o Brasil como possibilidade, não problema”, explica Armando Mendz.

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O documentário conta com entrevista com os professores João Antônio de Paula, Isabelle Anchieta, Vera Casanova, Rodrigo Vivas, Leonardo Castriota e Denise Bahia, bem como do filósofo Daniel Mundukuru. Eles abordam o contexto histórico ao longo das primeiras décadas do século XX e o cenário da literatura, artes plásticas e arquitetura em Minas Gerais e no Brasil ao longo deste período.

Com 85 minutos de duração, “Uma Carta para Mário” tem direção de fotografia de Alexandre Baxter e o roteiro de Pilar Fazito. A produção executiva é de Breno Nogueira e Leonardo Guerra.

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