Filme do Grupo Galpão estreia em canal digital

Às voltas com “o fim” de uma época, duas pessoas resolvem sair às ruas para respirar, andar, observar, duvidar e, se possível, antever horizontes. Trata-se do casal que deseja viver as últimas horas dos últimos dias de um mundo, até então, conhecido. Eis o argumento central da narrativa escrita pelo ator e dramaturgo Paulo André (foto), do Grupo Galpão, para o filme “Febre”, cuja estreia nacional ocorreu na sexta-feira (4) no canal do Grupo no YouTube.
Com texto de Paulo André e direção de Marcio Abreu, a obra fica em cartaz até o próximo dia 13, disponível das 20h às 23h, e encerra o projeto “Dramaturgias – Cinco passagens para agora”. O projeto realizou, desde junho de 2021, cinco espetáculos em diferentes formatos nas redes sociais. Integram o elenco de “Febre’ as atrizes e os atores Antonio Edson, Eduardo Moreira, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo André e Teuda Bara, todos do Grupo Galpão.
O texto do filme foi escrito por Paulo André no primeiro ano da pandemia, junto ao núcleo de dramaturgia do Galpão Cine Horto, a partir de workshop ministrado pelo ator, dramaturgo, diretor e pesquisador teatral Vinícius de Souza. Trata-se de uma história de um casal – interpretado por três duplas distintas de atores do Grupo, que se revezam ao longo da obra – que vive as últimas horas dos últimos dias de um mundo conhecido: assim se dá o começo de tudo.
“Durante a escrita, mostrei meu texto a algumas pessoas, entre as quais, Marcio Abreu, que demonstrou muita vontade de dirigi-lo. Ao começarmos o projeto, já como parte da série Dramaturgias – Cinco passagens para agora, comentei sobre a história com o Grupo Galpão, que gostou muito e entrou na proposta”, explica Paulo André.
Ele destaca, ainda, que se dedicou à escrita no momento da pandemia em que se percebia desiludido e sem perspectivas: “E não apenas devido à pandemia. Escrevi em meio a esse fim de mundo que conhecemos. Era como se tudo estivesse terminando e faltassem poucas horas para tudo acabar. O texto está sempre no escuro, e, ao mesmo tempo, em movimento. As pessoas têm relação muito ativa com esse fim, e não estão em casa se lamentando, chorando o término de uma época. Elas saem para ver algo, pois não têm outra coisa a fazer”. Em resumo, são duas pessoas, sem gênero definido pela narrativa, com atitude muito ativa em relação ao que vivem, pois desejam sair às ruas para ver, andar um pouco. Daí a energia ativa – e nada passiva – da obra em relação ao suposto fim de mundo.
O nome do filme também remonta às vivências de Paulo André durante a pandemia, apesar de, inicialmente, ele ter cogitado não dar título à obra. “Achava que seria uma boa provocação. Contudo, essa dramaturgia deveria ter sido produzida no ano passado, mas tive Covid e, durante nossas reuniões via Zoom, achei que o texto poderia se chamar ‘Febre’. O nome acabou por direcionar tudo, já que o texto tem a atmosfera de um delírio febril, com muitas reiterações e elipses, além de acontecer de forma frenética. A ideia do nome não só foi um bom achado, como nos ajudou a pensar e a formatar o filme”, afirma.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
No que diz respeito ao formato, Paulo André optou por um grande poema díptico, dividido em duas seções bem distintas. “Sob o ponto de vista formal, a primeira parte se compõe pelo grande poema, enquanto a segunda revela rubricas bem teatrais. Que o diga a cena de um casal dançando certa coreografia de ações cotidianas, dentro de um quarto – algo que, no primeiro movimento, aparece em flashes. Fica subentendido, assim, que o casal da segunda parte pode ser o mesmo.
O que é Segurança Energética?
São medidas adotadas para evitar a falta do abastecimento de energia, provocada por fatores como a escassez hídrica e até mesmo dificuldades inerentes aos tipos de fornecimento. Associada a essas medidas está a segurança na disponibilidade de energia adequada, de qualidade e a preços acessíveis.
Quais os próximos eventos sobre Segurança Energética?
“O desafio da Segurança Energética” é um evento on-line gratuito que ocorrerá no dia 16 de março de 2022, a partir das 10h, com transmissão via plataforma Youtube. Na ocasião, profissionais qualificados e renomados do setor discutirão sobre os caminhos a serem percorridos para garantir o fornecimento de energia elétrica seguro.
A Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) é a instituição realizadora do evento, que tem correalização do jornal Diário do Comércio — veículo de imprensa de Minas Gerais quase centenário e especializado em economia, gestão e negócios.

Ouça a rádio de Minas