Fórum Mineiro de Audiovisual e Novas Mídias discute diretrizes para o Estado
O Fórum Mineiro de Audiovisual e Novas Mídias realiza nesta quinta-feira (13) sua etapa presencial no Mercado Audiovisual Mineiro, em Belo Horizonte, com o objetivo de pactuar diretrizes e consolidar o Documento Norteador do setor em Minas Gerais. O evento deve reunir mais de 70 profissionais de diferentes regiões do Estado, além de representantes do poder público e de instituições parceiras.
A realização do encontro é resultado de um ciclo prévio de escutas on-line organizado por eixos temáticos, que mapeou diagnósticos, demandas e propostas do setor audiovisual mineiro. A etapa presencial tem como objetivo avançar na consolidação de um conjunto de ações concretas — com metas, prazos e responsabilidades — voltadas à produção, formação, profissionalização, difusão, exibição, distribuição, preservação, governança, tecnologia, novas mídias e inteligência artificial, considerando especialmente a descentralização territorial, a diversidade e a sustentabilidade da cadeia produtiva do setor.
“Chegamos à MAX com um trabalho construído a muitas mãos, em diálogo direto com quem faz o audiovisual no Estado, desde as capitais até pequenas cidades. O fórum, enquanto espaço permanente de debate e ampla construção coletiva, vem acumulando propostas ao longo do tempo”, diz a coordenadora do fórum e também conselheira titular de audiovisual e novas mídias no Conselho Estadual de Política Cultural (Consec-MG), Aryanne Ribeiro.
Ela acrescenta que o objetivo do Documento Norteador é se tornar uma ferramenta de planejamento, incidência e acompanhamento de políticas públicas, programas e parcerias que promovam o crescimento sustentável do setor audiovisual mineiro, reconhecendo-o como campo estratégico de cultura, economia e desenvolvimento regional. “Estamos articulando de forma integrada todas as pontas da cadeia, incluindo formação, produção, difusão, exibição, preservação, inovação e dados, com foco na inclusão de diferentes regiões e grupos sociais,” explica ela.
O documento será organizado em linguagem técnica e propositiva, estruturado em oito eixos principais: formação e profissionalização, produção, financiamento e sustentabilidade, difusão, exibição e circulação, preservação, memória e acervo, governança, regulação e participação social, além de tecnologia, inovação, novas mídias e inteligência artificial. Entre as ações prioritárias estarão o fortalecimento de circuitos regionais, ações voltadas à juventude e diversidade, estímulo à experimentação tecnológica, além de diretrizes para salvaguarda de acervos e inclusão de grupos historicamente sub-representados.
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