Variedades

Galpão Cine Horto recebe “Caçada”

Idylla Silmarovi estreia o projeto solo “Caçada – Esse nome que ainda não temos”, em apresentação única
Galpão Cine Horto recebe “Caçada”
Crédito: Edgar Kanaykõ

“E se eu colocar o ouvido no chão para escutar o que ele tem a me dizer?” A partir desta pergunta, a artista mineira Idylla Silmarovi propõe uma experiência entre ela, o espectador e o espaço, evocando imagens que atravessam a sua relação com a memória e os lugares de onde vem. O espetáculo tem apresentação única hoje, às 20h, no Galpão Cine Horto. Os ingressos custam R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada) e estão à venda no www.sympla.com.br.

Idylla Silmarovi estreia o projeto solo “Caçada – Esse nome que ainda não temos”, que propõe a investigação a partir de como os territórios, cartografias, mapas, rotas e fronteiras se relacionam com as nossas memórias neste chão. O espetáculo tem direção de Rafael Bacelar e coreografia e assistência de direção de Vina Amorim, e coloca em discussão o concreto presente nas cidades, mostrando que, apesar de toda ausência e roubo, o chão, o corpo e as memórias ainda pulsam. A performance propõe a interlocução de Idylla com o público junto à obra audiovisual do fotógrafo e cineasta Edgar Kanaykõ Xakriabá e a trilha sonora original de Davi Fonseca e Lucas Ferrari. O espetáculo tem a co-produção da Pact Zollverein (Essen/Alemanha). A direção de arte é de Luiz Dias e iluminação de Marina Arthuzzi.

“Caçada” é um trabalho de linguagem híbrida que envolve dança, performance, teatro e audiovisual. A montagem nasce dentro da Ka’adela, uma plataforma de pesquisa, investigação e prática em performance, idealizada e dirigida pela artista Idylla Silmarovi, junto a um grupo de artistas emergentes. A artista propõe pensar nos momentos coloniais nas cidades, sobre como ocupar esses elementos os tendo como dispositivo cênico para construir memórias. “Juntes, refletimos, discutimos e agimos artisticamente em relação aos monumentos coloniais presentes nas cidades, em parceria com grandes festivais de dança, teatro e performance dentro e fora do Brasil. Com o projeto Caçada , pela primeira vez ocupamos um edifício teatral, depois de muito tempo ocupando o espaço urbano público”, afirma a artistai.

Em 2021, Idylla Silmarovi participa de uma residência artística no centro coreográfico Pact Zollverein, na cidade de Essen, na Alemanha, onde inicia o experimento de seu novo trabalho solo intitulado “Caçada”. “Uma investigação em torno da ideia de territórios, cartografias, mapas, rotas e fronteiras, e como esses elementos se relacionam com as nossas memórias, essas que são um direito negado pelo sistema colonial, afetando nossas noções de pertencimento e nossas lutas”, explica.

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Em cena, Idylla Silmarovi realiza um espetáculo no qual ela dança, atua e convida o público a compartilhar o tempo-espaço que constantemente se constrói e destrói. O trabalho de direção do Rafael Barcelar e coreografia de Vina Amorim produz uma colagem imaginária que produz uma experiência no corpo do público, seja a partir da performance da atuação, do audiovisual, da iluminação, da trilha sonora, do compartilhamento e demarcação do território. “A plateia é convidada a vivenciar o espetáculo e não somente a assisti-lo, e sobretudo, a experienciar”, ressalta.

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