Palácio da Liberdade: primeira fase de restauração é inaugurada

O Palácio da Liberdade, inaugurado em 1898, começa a ganhar “novos ares” e retratar sua grandiosidade. Várias áreas restauradas foram inauguradas nesta segunda-feira (22) pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e o Ministério Público de Minas Gerais, por meio das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente, do Patrimônio Cultural e da Habitação e Urbanismo (Caoma). Iniciada em setembro do ano, é a primeira fase de restauro e conservação do palácio mais nobre de Minas Gerais.
O projeto, que faz parte do programa Minas para Sempre, tem como objetivo a conservação do bem tombado desde 1975, tendo em vista a sua importância histórica, artística, arquitetônica e social para os mineiros. As diversas ações de restauração incluíram a revitalização das cantarias e pinturas das partes externas e internas das fachadas. Como forma de manter as características originais e possibilitar o melhor uso e fruição do bem cultural, foi realizada a recomposição artística de forros, molduras e piso em tacaria do Quarto do Governador e do Quarto da Rainha. A lista de ações de restauro incluirá ainda a recuperação da cozinha, adequação à acessibilidade dos acessos e percursos de visitação; restauro de corrimãos, rodapés, portais e esquadrias danificadas, entre outras.
“O Ministério Público tem na sua incumbência constitucional a defesa do patrimônio cultural, buscou essa alternativa que se transforma em fato concreto hoje. Esses recursos, é bom que se diga, não são do Ministério Público, são recursos públicos que foram desviados de alguma forma. Eles são recuperados em parceria com outras instituições, como a Polícia Civil, Polícia Militar, Receita, órgãos ambientais, e são transformados em projetos de interesse da sociedade como este”, comentou nesta segunda o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior.
O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, ressaltou a importância da entrega da primeira etapa das obras no Palácio da Liberdade para a sociedade mineira: “Quando a gente cultiva nosso patrimônio histórico, cultivamos a vida, a harmonia, a coesão social. Chegamos à conclusão de que essa é a mais completa obra de restauração que o Palácio da Liberdade já teve em sua história”.
Dentro do projeto, ainda está prevista a iluminação cênica, para destacar as fachadas externas e jardins, restauro da área do lago, quiosque e gruta, além de restauração de parte do mobiliário do Palácio. A previsão de término é abril de 2025. As obras estão sendo acompanhadas pelo Iepha-MG por meio do Comitê de Avaliação e Acompanhamento, formado por representantes do governo do Estado, MPMG, município de Belo Horizonte e o Instituto Biapó, responsável pela contratação das obras.

A última obra realizada no Palácio da Liberdade foi concluída em 2006 para solucionar problemas com infiltrações que prejudicavam o prédio e seu acervo artístico.
Custo total é de cerca de R$ 10 milhões
O custo total das obras é de cerca de R$10 milhões. Os recursos são advindos de medidas compensatórias ambientais direcionados pelo MPMG por meio da Plataforma Semente. A plataforma é uma iniciativa do MPMG, em parceria com o CeMAIS, para recebimento de projetos socioambientais de instituições do terceiro setor. A equipe multidisciplinar é responsável pelo trabalho de avaliação e de monitoramento, potencializando a transparência dos resultados alcançados e dos recursos utilizados.

Durante todo o período das obras, o prédio manteve as portas abertas ao público para visitação por meio do “Ateliê de Restauração Aberto do Palácio da Liberdade”. A ação educativa e sociocultural inovadora tem como objetivo garantir que todos possam conhecer como são executados os processos de recuperação e restauro dos bens de valor histórico. De setembro de 2023 a julho deste ano, o Palácio recebeu a visita de mais de 163 mil pessoas. (Com informações da Secult)
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