IFMG apresenta proposta de cursos para novo campus no Barreiro, em BH

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) apresentou à comunidade da região do Barreiro a proposta de cursos que serão ofertados no primeiro campus da instituição em Belo Horizonte. O projeto foi apresentado nessa segunda-feira (6), durante audiência pública realizada no auditório da Escola Municipal Polo de Educação Integrada (Empoeint).
A reunião também marcou a abertura da consulta pública on-line para que a população local possa opinar sobre a proposta apresentada. O formulário para envio de contribuições pode ser acessado até o dia 31 deste mês.
O planejamento inicial prevê sete cursos do Eixo Tecnológico Saúde e Meio Ambiente, que estão em vias de serem oferecidos nos primeiros anos de implantação da unidade. Esses cursos são formações de nível técnico integradas ao ensino médio, nas seguintes áreas:
- Análises Clínicas;
- Nutrição e Dietética;
- Meio Ambiente;
- Vigilância em Saúde.
Já no nível técnico subsequente, as áreas serão Enfermagem e Agente Comunitário de Saúde. O plano ainda prevê a oferta do curso Cuidados de Idoso no nível técnico, destinado à Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A apresentação da proposta foi feita pelo professor Tiago Dias, representante da Pró-Reitoria de Ensino e da comissão designada para atuar no processo de implantação do campus. A audiência pública também contou com a presença de outros representantes do IFMG, da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) e do movimento “Barreiro Já”, entre outras lideranças e instituições regionais.
Durante a reunião, o reitor do IFMG, Rafael Bastos Teixeira, destacou o trabalho que está sendo feito e a importância da participação da comunidade no processo de implantação do campus. “Hoje é mais uma etapa que vencemos. Saímos de um momento de indefinição para este de construção coletiva. Temos que fazer aquilo que a sociedade precisa. Os cursos precisam estar alinhados às demandas da comunidade”, afirmou.
Ele também ressaltou que a chegada do Instituto Federal à região representa um universo de possibilidades que se abrem para os estudantes. “O campus que teremos no Barreiro não será somente uma unidade, mas outras 20, porque o IFMG não chega separado: é um pacote fechado. É essa diversidade que queremos trazer”, declarou.
A docente e membro da comissão de implantação, Flávia Siqueira, acredita que os cursos técnicos na área da saúde possibilitarão o acesso da população a uma formação gratuita e de qualidade, além de oferecer mais oportunidades de inserção profissional, continuidade dos estudos e fortalecimento do desenvolvimento socioeconômico da região.
“A implantação desses cursos representa não apenas uma resposta às demandas do setor de saúde, mas também o compromisso do IFMG com a promoção do bem-estar social, a valorização da educação profissional e o atendimento das necessidades estratégicas da comunidade em que está inserido”, afirmou.
Detalhes das obras no local

A pró-reitora Fernanda Honorato informou que o processo licitatório para a construção dos primeiros equipamentos já foi concluído e que a empresa contratada atua na fase de projetos executivos. “As coisas estão caminhando muito bem, com recursos assegurados pelo Novo PAC. Há um grande alinhamento entre a nossa equipe de engenheiros e arquitetos e a Secretaria Municipal de Política Urbana e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente”, explicou.
O professor Tiago Dias esclareceu que a expectativa é que o novo campus tenha o dimensionamento 70/45, ou seja, receba códigos de vagas para contratar, via concurso público, 70 docentes e 45 técnicos administrativos. Segundo ele, um campus com esse formato é projetado para receber 1,4 mil estudantes, mas não no momento inicial de funcionamento.
O representante da Pró-Reitoria de Ensino pontuou que, na maioria dos casos, quando o processo ocorre dentro do esperado, o prazo para atingir a capacidade máxima de alunos é de cerca de dez anos.
“Como mencionei, a implantação é verticalizada. Começamos com os cursos técnicos, depois avançamos para os cursos de graduação e, após estruturar o primeiro eixo tecnológico, planejamos um segundo. Esses passos precisam ser dados um de cada vez”, finalizou.
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