Livro aborda o primeiro disco de Beto Guedes

Surgindo como mais uma das muitas editoras independentes, a Garoupa é uma iniciativa da escritora e profissional da área Marina Ruivo, paulistana que é pós-doutora em Letras pela UFRJ. A primeira publicação da casa é uma homenagem ao disco “A página do relâmpago elétrico”, primeiro da carreira do compositor mineiro Beto Guedes, lançado em 1977. O livro inaugura a editora e a série “Leia esta canção”, que terá outros volumes inspirados em discos. O próximo irá homenagear “O romance do Pavão Mysteriozo”, do cearense Ednardo, vinil que saiu em 1974.
“Leia esta canção: Beto Guedes” é organizado pela própria Marina, que também escreveu um dos contos, e traz textos de autores reconhecidos, como Cinthia Kriemler, Eltânia André, Leusa Araújo, Braulio Tavares, Luiz Roberto Guedes (primo do homenageado) e Sérgio Fantini, além de outros que iniciaram há menos tempo na ficção, como CibelyZenari, psicóloga e cantora, Cristiana Felippe, jornalista, ou ainda o músico Juliano Costa, que recentemente lançou seu primeiro romance pela Patuá.
Além dos contos, o livro traz faixas bônus para lá de especiais, como dos dois compositores de “Nascente”, canção que teve sua primeira gravação realizada para o álbum de Beto, e que é de Flávio Venturini e Murilo Antunes. E conta ainda com ilustrações também inspiradas no LP de Beto Guedes, de artistas como Celia Regina Furlan, João Arruda e Valéria Barcellos.
Depois de um primeiro lançamento em São Paulo, no fim de setembro, o livro será lançado no Bar Museu Clube da Esquina (rua Paraisópolis, 738, Santa Tereza) na próxima sexta-feira (20), a partir das 18h30.Na ocasião, além da presença dos autores,que irão autografar, haverá na sequência o show Tributo ao Clube da Esquina,com os músicos Ian Guedes e Rodrigo Borges. O livro custa R$ 50,00.
A Garoupa lançará ainda neste ano um novo romance do paranaense Felipe Teodoro da Silva, editor da Olaria Cartonera, outro do psicanalista Rafael Atuati, bem como os livros de estreia da psicóloga Laura Helena Torres e do jornalista Mario HenriqueVianna, além de obras da poeta mineira Celina Ferreira – autora premiada nos anos 1950/60 e elogiada por Bandeira e Drummond, mas cuja produção foi obliterada em nossa história literária.
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