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Magia do Giramundo vai ocupar Palácio das Artes para celebrar 55 anos de história

Programação reúne exposição inédita de bonecos, atividades educativas, mostra de cinema, espetáculo e visitas guiadas
Magia do Giramundo vai ocupar Palácio das Artes para celebrar 55 anos de história
Mostra no Palácio das Artes vai apresentar cerca de 600 peças do Museu Giramundo e a entrada é gratuita | Foto: Divulgação Marcos Malafaia

A cultura está em festa. O Giramundo – uma das mais atuantes e consagradas companhias de teatro de bonecos do Brasil – está celebrando 55 anos de história com a Ocupação Giramundo, no Palácio das Artes, que também comemora aniversário. A programação reúne uma exposição inédita de bonecos, atividades educativas, mostra de cinema, espetáculo e visitas guiadas. Intitulada “Bonecos Giramundo”, a exposição poderá ser conferida deste sábado (11 de outubro) a 22 de fevereiro de 2026, na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard.

A mostra apresenta cerca de 600 peças – entre bonecos, máscaras, objetos de cena e elementos cenográficos – que marcaram a trajetória do grupo no teatro, no cinema de animação e na televisão. A programação inclui também a apresentação de “Alice no País das Maravilhas”, já neste domingo (12), no Grande Teatro Cemig, em celebração ao Dia das Crianças.

A exposição tem entrada gratuita. Já os ingressos para a peça custam a partir de R$ 40 a inteira e R$ 20 a meia-entrada e estão à venda na plataforma Eventim e na bilheteria do Palácio das Artes.

Fundado em 1970, o grupo mineiro Giramundo surgiu a partir da iniciativa dos artistas plásticos Álvaro Apocalypse, Tereza Veloso e Madu. O coletivo é conhecido no teatro de bonecos pela qualidade de suas produções e pelo nível de experimentação que seus artistas trazem à cena. Ao longo de 55 anos, o Giramundo já estrelou mais de 40 espetáculos, utilizando bonecos que podem ser manuseados de diferentes formas – por meio de fios, varas, luvas ou até vestidos. As produções perpassam temas variados, com destaque para a cultura brasileira (autores, personagens, história e etnias formadoras), clássicos da literatura mundial (com títulos como “Pinóquio”, “Alice no País das Maravilhas”, “Vinte Mil Léguas Submarinas”) e música erudita (com adaptações de obras de Mozart, Prokofiev, Carlos Gomes, Saint-Saëns e Manuel de Falla).

Atualmente, dirigido por Bia Apocalypse, Marcos Malafaia e Ulisses Tavares, o grupo amplia as suas atividades, passando dos palcos para um núcleo multimídia, em que o teatro e o cinema de animação se juntam.

Segundo um dos diretores do grupo e curador da exposição, Marcos Malafaia, a mostra se distingue de outras similares por apresentar, pela primeira vez, de forma abrangente, as duas fases do Giramundo: o período Álvaro Apocalypse (1971–2003) e o período pós-Apocalypse (2005–2025). “O conceito curatorial parte da ideia de permanente mutação e experimentação, que orienta todo o processo criativo do Giramundo. Essa noção de transformação contínua é o fio condutor que conecta os diferentes setores da mostra – coleções de bonecos, espetáculo, figurinos, cenografia e filmes -, revelando como o grupo se reinventa ao longo do tempo sem perder suas características essenciais, sempre derivadas do desenho e do planejamento gráfico”, revela.

Legado e propósito

Mais do que uma exibição do acervo, a mostra, em consonância com o compromisso institucional da Fundação Clóvis Salgado (FCS), assume também a tarefa de inventariar e restaurar o acervo do grupo, protegendo uma coleção singular – grande patrimônio de Minas Gerais.

O projeto celebra, assim, os 55 anos da FCS e do Giramundo em uma comemoração conjunta: “É com imensa alegria que o Palácio das Artes recebe esta exposição e as demais atividades que acontecem na ‘Ocupação Giramundo’. O grupo, assim como a Clóvis Salgado, é uma organização muito importante quando pensamos na produção e acesso à cultura em Belo Horizonte e em Minas. Dessa forma, celebramos os aniversários conjuntamente e com atividades tão diversificadas. É uma forma de reforçarmos o compromisso com a difusão artística e cultural em nosso Estado. Afinal, o Palácio das Artes é um espaço para todos”, afirma o presidente da FCS, Sérgio Rodrigues Reis. (Com informações da FCS)

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