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Médicos mudam tratamento do papa para lidar com situação ‘complexa’, diz Vaticano

Enquanto uma infecção bacteriana pode ser tratada com antibióticos, infecções virais não podem
Médicos mudam tratamento do papa para lidar com situação ‘complexa’, diz Vaticano
Crédito: Vatican Media/­Divulgação via REUTERS

Os médicos mudaram o tratamento para a infecção no trato respiratório do papa Francisco para lidar com uma “situação clínica complexa” e ele permanecerá no hospital pelo tempo que for necessário, disse o Vaticano nesta segunda-feira.

O pontífice de 88 anos sofre de uma infecção respiratória há mais de uma semana e foi internado no hospital Gemelli de Roma na sexta-feira.

“Os resultados dos exames realizados nos últimos dias e hoje demonstraram uma infecção polimicrobiana do trato respiratório, o que levou a uma nova modificação da terapia”, informou um breve comunicado.

“Todos os exames realizados até hoje são indicativos de um quadro clínico complexo que exigirá uma internação hospitalar adequada”, acrescentou.

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O porta-voz do Vaticano Matteo Bruni disse que o papa estava “de bom humor”. Ele não especificou se Francisco estava sofrendo de uma infecção bacteriana ou viral, mas afirmou que uma nova atualização sobre a condição do papa será divulgada mais tarde na segunda-feira.

Enquanto uma infecção bacteriana pode ser tratada com antibióticos, infecções virais não podem. Os vírus geralmente precisam seguir seu curso, mas o paciente pode ser auxiliado com outros medicamentos para baixar a febre ou ajudar seu corpo a combater a infecção.

Uma infecção polimicrobiana é causada por dois ou mais microrganismos e pode ser causada por bactérias, vírus ou fungos.

O Rev. Dr. Andrea Vicini, um padre jesuíta e médico, disse que polimicrobiano é um termo genérico que não especifica a causa raiz de uma infecção.

Vicini, que disse não ter conhecimento do caso do papa além das declarações públicas do Vaticano, também afirmou ser notável que o Vaticano tenha afirmado mais cedo na segunda-feira que o papa tomou café da manhã, indicando que ele não estava em um respirador.

“Isso também significa que o corpo não está debilitado a ponto de não ser capaz de ingerir alimentos e digeri-los”, declarou Vicini, professor do Boston College.

Francisco, que é pontífice desde 2013, teve gripe e outros problemas de saúde várias vezes nos últimos dois anos. Quando jovem adulto, ele desenvolveu pleurisia e teve parte de um pulmão removido, e nos últimos tempos tem sido propenso a infecções pulmonares.

O Vaticano disse que a audiência semanal do papa na Praça de São Pedro, marcada para quarta-feira, foi cancelada “devido à hospitalização contínua do Santo Padre”.

Os médicos do pontífice ordenaram repouso completo, e Francisco não pôde fazer a oração semanal regular no domingo aos peregrinos na Praça de São Pedro ou liderar uma missa especial para artistas para marcar o Ano Jubilar da Igreja Católica.

Enquanto estava no hospital no fim de semana, o papa continuou sua prática recente de fazer ligações para falar com membros de uma paróquia católica em Gaza, informou a emissora italiana Mediaset na segunda-feira.

Um dos membros da paróquia disse que Francisco ligou na sexta e no sábado e estava de “bom humor”, mas parecia “um pouco cansado”.

“Obrigado pelo carinho, oração e proximidade com que vocês me acompanham nestes dias”, escreveu o papa no X no domingo.

Reportagem distribuída pela Folhapress

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