Minas Gerais tem a segunda maior delegação do Brasil nas Paralimpíadas de Paris 2024
Minas Gerais se prepara para, mais uma vez ocupar, lugar de destaque no cenário esportivo global. Com 23 paratletas, o Estado envia para as Paralimpíadas de Paris a segunda maior delegação entre os brasileiros, aumentando as expectativas de um desempenho expressivo.
A presença mineira, que forma um significativo contingente dentre os 280 atletas do Brasil, promete trazer um número robusto de medalhas para casa, refletindo o contínuo investimento no paradesporto por parte do Estado.
A abertura dos Jogos de Paris está marcada para esta quarta-feira (28), e promete ser um evento espetacular, realizado de forma inédita fora de um estádio. O desfile dos atletas começará na icônica avenida Champs-Élysées e seguirá até a Place de la Concorde, no coração da capital francesa, proporcionando um cenário deslumbrante para dar início à competição.
O subsecretário de Esportes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Tomás Mendes, sublinha a importância das políticas públicas no fortalecimento da trajetória desses atletas.
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“O governo de Minas encerra mais um ciclo paralímpico com um trabalho sólido no apoio ao paradesporto. Estamos certos de que nossos investimentos foram fundamentais para que Minas Gerais esteja tão bem representada em Paris. A expectativa é alta, e desejamos muito sucesso aos nossos atletas”, afirmou Mendes.
Brasil busca recorde de medalhas nas Paralimpíadas
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que enviou à capital francesa a maior delegação brasileira já registrada, composta por 280 atletas, sendo 255 esportistas com deficiência e 25 profissionais de apoio, como guias e técnicos. A equipe representa 20 das 22 modalidades paralímpicas disponíveis, e carrega as esperanças de conquistar entre 70 e 90 medalhas, meta estabelecida no plano estratégico do CPB desde 2017.
O presidente do CPB, Mizael Conrado, expressou sua confiança no potencial da equipe. “A expectativa é de que o Brasil faça em Paris a melhor campanha de todos os tempos, superando as marcas obtidas nos Jogos do Rio 2016 e de Tóquio 2020”, afirmou.
Nos dois últimos ciclos paralímpicos, o Brasil alcançou 72 medalhas em cada evento, estabelecendo um recorde de 22 ouros em Tóquio. Agora, a meta é ampliar esses números e garantir um lugar entre as oito principais nações do mundo no quadro de medalhas.
Além da busca por um desempenho histórico, o Brasil também se aproxima de outro marco significativo: a conquista da medalha de número 400 em Jogos Paralímpicos. Desde a estreia na competição, em Roma 1960, o país já acumula 373 medalhas, sendo 109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze.
Com apenas 27 pódios a serem alcançados, a expectativa é de que esse feito seja celebrado em Paris, consolidando ainda mais a força do paradesporto brasileiro.
Incentivo aos atletas mineiros
Entre os representantes mineiros, destaca-se Izabela Campos, veterana nos Jogos Paralímpicos, que participa pela quarta vez consecutiva na competição. Especialista em arremesso de peso e lançamento de discos, Izabela se prepara para enfrentar mais um desafio internacional.
Contemplada pelo programa Bolsa-atleta, ela reforça a importância desse apoio financeiro para a continuidade de sua carreira.
“O Bolsa-atleta é essencial para a minha rotina de treinamentos, permitindo que eu me dedique exclusivamente ao esporte de alto rendimento”, comentou a atleta, que pretende repetir em Paris a sua melhor marca, alcançada durante os treinos deste ano.
No cenário aquático, a expectativa também é grande. Alexandre Vieira, técnico da seleção brasileira paralímpica de natação, já se encontra em Paris, preparando os atletas para uma performance de alto nível.
“Esperamos uma campanha de destaque, com resultados que refletem todo o esforço e preparação dos nossos nadadores”, destacou Vieira, que também é beneficiado pelo programa Bolsa-técnico.
Ele expressa gratidão pelo suporte recebido, tanto para os atletas quanto para os treinadores. “O apoio do governo de Minas faz uma diferença imensa na nossa preparação. Sou muito grato por essa oportunidade”, acrescentou.
O governo, por meio de iniciativas como o Bolsa-atleta e o Bolsa-técnico, não apenas proporciona suporte financeiro, mas também garante que os atletas e técnicos tenham acesso a recursos fundamentais para competir em alto nível.
Esses programas cobrem desde as despesas com inscrições em competições até a aquisição de equipamentos esportivos e a capacitação de treinadores. Além disso, o Programa Núcleos de Fomento ao Paradesporto busca ampliar a participação das pessoas com deficiência nas atividades esportivas do Estado, incentivando tanto a inclusão social quanto o surgimento de novos talentos no paradesporto.
A iniciativa governamental se estende ainda ao ICMS Esportivo, que incentiva os municípios mineiros a desenvolverem políticas públicas voltadas para o esporte, através da criação e manutenção de conselhos municipais de esportes e da realização de projetos e eventos esportivos.
Expectativa de ingressos esgotados e recorde de público
Além das expectativas esportivas, as Paralimpíadas de Paris já se destacam pelo grande interesse do público. Os organizadores anunciaram que mais de dois milhões de ingressos já foram vendidos para os jogos, o que representa uma forte adesão, especialmente, considerando que um milhão desses ingressos foi vendido em apenas um mês.
Embora ainda restem cerca de 500.000 ingressos disponíveis, há uma confiança crescente de que o evento terá lotação esgotada, algo inédito na história dos Jogos Paralímpicos.
O presidente da Paris 2024, Tony Estanguet, expressou otimismo em relação à venda total dos ingressos, destacando a empolgação dos torcedores que buscam aproveitar as últimas oportunidades de assistir ao vivo às competições.
Comparado a edições anteriores, como Londres 2012, que detém o recorde de 2,7 milhões de ingressos vendidos, e Rio 2016, com 2,1 milhões, Paris parece estar no caminho certo para se tornar um marco de popularidade para os Jogos Paralímpicos.
(Com informações da Agência Brasil, Agência Minas e Reuters)
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