Minas reforça laços culturais com Portugal e vai receber Casa da Cidadania da Língua

No primeiro dia da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), uma das mais importantes feiras de turismo do mundo, o governo de Minas Gerais anunciou na quarta-feira (12) a criação da versão brasileira da Casa da Cidadania da Língua, reforçando os laços culturais entre Minas e Portugal. Em uma parceria com a Associação Portugal Brasil 200 Anos e a Câmara Municipal de Coimbra, o espaço será instalado no Solar do Padre Correia, em Sabará, e funcionará como uma extensão do centro cultural original, lançado em 2023, em Coimbra. O espaço irá promover a cooperação e a troca artística e cultural entre Portugal, Brasil e outros países de língua portuguesa.
“Coimbra, como berço do pensamento e da língua portuguesa, reconhece em Minas Gerais um território irmão, onde a língua se enraizou com força e criou algumas das mais belas expressões da literatura brasileira. A presença da Casa da Cidadania da Língua em Minas não é apenas um símbolo dessa ligação histórica, mas um espaço ativo de reflexão, encontro e inovação”, disse presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva.
A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), em parceria com o Instituto Mundu, divulgam e promovem as riquezas do Estado na 35ª edição da BTL, que segue com intensa programação até o próximo domingo (16).
A criação da Casa da Cidadania da Língua, que deverá receber exposições, atividades culturais e intercâmbios em diversas áreas, está alinhada aos objetivos do AMA – Ano Mineiro das Artes, programa da Secult-MG, que procura descentralizar a produção cultural, valorizar os artistas e promover novas narrativas. Ao mesmo tempo, reforça o compromisso das cidades de Coimbra e Sabará em consolidar-se
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Cozinha mineira e viola
O sucesso da cozinha mineira se traduziu em um estande lotado na abertura da BTL. As chefs Carol Fadel e Maria Clara Magalhães prepararam carne de lata com chutney de jabuticaba e broa cremosa com calda de doce de leite e farofa de baru. Na tradicional mesa posta, os visitantes puderam degustar produtos como café do Cerrado, pão de queijo, doce de leite, broa e o Queijo Minas Artesanal – mais famoso depois de levar o título de Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade, concedido pela Unesco.
Também em sintonia com o AMA, o Estado está promovendo seus artistas e os destinos que são referência na arte e criatividade, buscando romper barreiras geográficas e sociais. Para encerrar a feira, os violeiros Chico Lobo e o português Pedro Mestre fizeram uma apresentação de violas caipira e campaniça, em um show regado a boa prosa mineira e alentejana, celebrando os laços culturais entre os dois países e valorizando a tradição da música de raiz dos dois territórios.
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