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Morango do Amor vira patrimônio imaterial no Sul de Minas e impulsiona economia local

O registro foi feito pela prefeitura de Senador Amaral e promete gerar impacto econômico, turístico e simbólico para o município
Morango do Amor vira patrimônio imaterial no Sul de Minas e impulsiona economia local
Foto: Divulgação / Flávia Moreira Confeitaria

O “Morango do Amor”, tradicional doce feito com morangos frescos cobertos por uma camada crocante de caramelo, agora é oficialmente patrimônio cultural, histórico e artístico de Senador Amaral, cidade localizada a 1.505 metros de altitude no Sul de Minas. O registro foi feito pela prefeitura do município em 25 de julho, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, e promete gerar impacto econômico, turístico e simbólico.

“O Morango do Amor é muito mais que um doce, ele retrata a cultura do povo amaralense. É uma variação moderna e romântica da maçã do amor que agora carrega o nome, o sabor e a história da cidade mais alta de Minas Gerais”, afirma o secretário de Turismo e Cultura, Evanil Emiler da Silva. 

Valorização do morango para Senador Amaral

Segundo o secretário, o reconhecimento oficial desse bem imaterial é também uma forma de valorizar a trajetória de famílias inteiras que transformaram o solo frio da Serra da Mantiqueira em um campo fértil para o cultivo de morangos. 

“Foi nesse solo e nessa altitude única que surgiu um dos maiores orgulhos da nossa cidade: o plantio do morango. Com coragem, fé e mãos calejadas, transformamos a terra fria em berço de frutos doces e vermelhos como o amor”, destaca.

Senador Amaral, reconhecida como polo do morango em Minas Gerais, movimenta a economia com uma produção robusta: são mais de 21 milhões de pés de morango cultivados em uma área de 420 hectares. A cidade alcança uma produção anual de 32 mil toneladas, com produtividade média de 75 toneladas por hectare, segundo dados da Secretaria Municipal de Agropecuária.

morango fruta
Foto: Reprodução/Adobe Stock

Patrimônio que gera renda e atrai visitantes

De acordo com o secretário, os morangos de Senador Amaral são reconhecidos por sua qualidade superior, graças ao clima que favorece o amadurecimento lento e o sabor concentrado.

“O reconhecimento da culinária como patrimônio imaterial da cidade traz diversas oportunidades. Para o município isso significa valorização da identidade cultural, fomento ao turismo gastronômico e geração de renda para a comunidade”, ressalta Silva.

Segundo ele, o registro do Morango do Amor acontece em um momento especial. “Esse doce virou febre nacional. O impacto já está sendo sentido na economia local, com o aumento das vendas e da visibilidade da nossa cidade”.

O secretário destaca ainda que todas as ações ligadas ao patrimônio serão promovidas com recursos próprios do setor cultural. “A prefeitura apoia e incentiva iniciativas que promovam e preservem nossa identidade gastronômica. Queremos valorizar cada vez mais nosso ouro vermelho”.

Educação, tradição e futuro

Além da valorização econômica, a secretaria também aposta na educação patrimonial e no envolvimento das novas gerações com o cultivo e a história do morango. “Trata-se de preservar e repassar o conhecimento tradicional, técnico, cultural e emocional associado à produção. Queremos formar crianças e jovens que compreendam o valor do que produzimos aqui.”

Projetos com hortas escolares, oficinas rurais, contação de histórias e incentivo ao empreendedorismo fazem parte da estratégia. “Transmitir o ‘morango de saberes’ é garantir que esse conhecimento e essa cultura não se percam com o tempo. É unir o passado ao futuro, com raízes na terra e olhos voltados para o amanhã”, completa o secretário.

Promoção e turismo em alta com morango do amor

Durante o 5º Festival de Inverno da cidade, o “Morango do Amor” foi o protagonista do 1º Concurso Cultural de Gastronomia. A receita campeã, um bombom feito com o fruto, assinada por Claudia Maria Nicoletti, ganhou o prêmio de mil reais e conquistou as redes sociais.

“O impacto turístico é imediato. O Morango do Amor já se tornou um atrativo e agora poderá ser usado em embalagens, festivais, materiais promocionais e roteiros gastronômicos. Ele representa o sabor que nasce nas alturas de Minas”, conclui o secretário.

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