Morre ex-ministro de Ciência e Tecnologia José Israel Vargas

O Brasil perdeu, na manhã desta quinta-feira (15), o mineiro José Israel Vargas, aos 97 anos, físico e ex-ministro de Ciência e Tecnologia, cargo que ocupou nas gestões de Fernando Henrique Cardoso e Itamar Franco.

O velório será realizado nesta sexta-feira (16), das 9h às 12h30, no saguão do prédio da Reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no campus Pampulha.

Mineiro de Paracatu, José Israel Vargas era professor emérito da UFMG e reconhecido por ter sido um dos formuladores da política de energia nuclear do País. Também exerceu papel ativo em defesa da pesquisa brasileira. Foi presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC) de 1991 a 1993 e da Academia Mundial de Ciências (TWAS).

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, emitiu nota de pesar pelo falecimento do mineiro. “Nosso país perde hoje José Israel Vargas. Além de sua reconhecida carreira acadêmica no campo das ciências nucleares, deu importantes contribuições às políticas públicas: ocupou, entre outros cargos, o posto de ministro da Ciência e Tecnologia nos anos 1990. Vargas sempre defendeu a produção e a aplicação do conhecimento científico no Brasil e denunciou corajosamente o obscurantismo que enfrentamos no passado recente. Que Deus conforte os corações de seus familiares, amigos e colegas cientistas”, afirma o texto.

Ao longo de sua carreira, formou-se químico pela UFMG, estudou física no Instituto Tecnológico da Aeronáutica e doutorou-se em ciências nucleares pela Faculdade de Física e Química da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. De volta ao Brasil, tornou-se professor da UFMG, onde dirigiu o Instituto de Pesquisas Radioativas, e foi assessor técnico da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Vargas também foi pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.

Foi secretário de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais e, à frente do Ministério da Ciência e Tecnologia, teve papel relevante na área, como a expansão e consolidação da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Trabalhou também para aprimorar a qualidade da produção nacional, aperfeiçoando o Sistema Nacional da Propriedade Intelectual e a Metrologia e a Normatização.

(Com informações da Agência Brasil)