Mostra ‘Estado da Arte’ é experiência sensorial para o público no Expominas

Um grande “passeio” cheio de memórias afetivas por Minas Gerais. A Mostra “Estado da Arte”, que vai até esta sexta-feira (30), no Expominas, em Belo Horizonte, convida o público a embarcar em uma experiência sensorial que celebra a riqueza da cultura e das artes mineiras. Em um percurso imersivo por símbolos, signos e memórias mineiras, o projeto se estrutura tendo a literatura, a gastronomia e a arquitetura como linguagens artísticas matriciais que percorrem outros espaços nessa exposição.

A mostra apresenta uma maneira única de “passear” pelo Estado e seus ícones em instalações interativas que conectam as diversas expressões culturais. A combinação das várias linguagens artísticas acontece com o intuito de revelar as raízes que conectam os mineiros à sua terra. A proposta é despertar nos visitantes, por meio da história e das emoções, um sentimento de pertencimento e identidade.

“A expectativa é que o público resgate memórias, encontre a sua história, se identifique e se divirta. Para os turistas, a intenção é informar o visitante sobre a beleza, cultura e expressões artísticas desse belo estado. Este é o recorte para construir esta mostra”, explica a coordenadora geral da mostra, Tatyana Rubim.

A exposição tem uma curadoria coletiva de profissionais de diferentes áreas da cultura. O time foi selecionado com base nas respectivas vivências, experiências e na contribuição que essa diversidade de olhares traz para seus variados espaços. É uma das maiores exposições sobre as expressões culturais de Minas Gerais, segundo a coordenadora, e traz curadores renomados como o músico Maurício Tizumba, o chef de cozinha Felipe Rameh, a artista Juliana Flores, Chico Mendonça, entre outros.

Arte e tecnologia

Tudo começa pelo “Mar de Montanhas”, onde o público é conduzido a uma jornada de sentidos – uma caminhada entre símbolos e sentimentos que refletem a forma singular com que Minas se relaciona com o tempo, o espaço e suas raízes. O percurso revela o aconchego da terra, a riqueza cultural do povo e a diversidade de cada canto do Estado.

A exposição mescla arte e tecnologia em seus espaços com projeções, onde o Barroco e o patrimônio histórico são retratados, por exemplo, nos módulos “Grande Encontro” e “Igreja: o Barroco Mineiro”. Nesta experiência, detalhes, antes imperceptíveis presencialmente, vão se aproximar ao olhar do visitante, provocando uma sensação inesperada.

A trilha dos espaços é assinada pelo músico e compositor Tattá Spalla. Além disso, uma volta pelo cinema e pelas artes cênicas retrata a potência de artistas, grupos e diretores, celebrando os talentos do Estado, por meio de citações.

A mostra apresenta ainda uma estrutura de lojas, no Espaço Origem Minas do Sebrae e Livros de Receitas, que serão resgatados expressando os tesouros da culinária familiar. No setor Artes Urbanas, grafites exclusivos são realizados por dois artistas especialmente para a exposição.

Além disso, ao longo da Mostra “Estado da Arte”, toda a riqueza cultural vai sendo revelada em homenagens para o Clube da Esquina, Milton Nascimento, Grupo Corpo, Congado, Giramundo, Dona Isabel – a famosa matriarca das bonecas do Vale do Jequitinhonha -, Guimarães Rosa, Adélia Prado, Conceição Evaristo, Carlos Drummond de Andrade, por exemplo.

Com patrocínio exclusivo da Cemig, via Lei Rouanet, a mostra está sendo apresentada no foyer do Expominas com entrada gratuita mediante retirada de ingressos pelo Sympla e duração média de 1h10 por visita. A exposição estará aberta das 9h às 19h, com horários também reservados para estudantes da rede pública.