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Mostra exibe 50 filmes infantis de oito países

“Um Giro pelo Mundo – Navegando no Cinema Infantil” traz para o CCBB BH cinema de Suíça, Espanha, França, Alemanha, Austrália, Itália, Argentina, além do Brasil
Mostra exibe 50 filmes infantis de oito países
Crédito: Divulgação/CCBB BH

O Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB BH) recebe, pela primeira vez, a mostra “Um Giro pelo Mundo – Navegando no Cinema Infantil”. De 4 de janeiro a 4 de fevereiro, o Teatro II irá se transformar em uma sala de cinema para a exibição de 50 filmes de oito países, incluindo o Brasil, entre curta, média e longa-metragem, animação, documentários e ficção. O tema desta edição é a “tolerância” e está presente nas histórias de todas as produções exibidas na mostra e, também, nas atividades artísticas e culturais oferecidas, como oficinas, espetáculos, contação de histórias e atrações voltadas para a sustentabilidade. A programação acontecerá sempre de quinta-feira a domingo, das 14h às 17h30. Ao longo de toda a mostra, haverá cinco sessões acessíveis, com interpretação em libras (direto na tela) ou Legendagem para Surdos e Ensurdecidos (LSE).. O acesso é gratuito, mediante retirada antecipada de ingresso no site ccbb.com.br/bh.

A mostra propõe conectar pessoas por meio da narrativa do cinema, estimulando a experiência audiovisual desde a infância, por meio de filmes fora do cinema comercial norte-americano. Serão exibidos 50 filmes da Suíça, Espanha, França, Alemanha, Austrália, Itália, Argentina e do Brasil. “Poder trazer filmes de oito países em uma mostra dedicada às crianças é uma riqueza cultural muito grande. A proposta da curadoria é ampliar o audiovisual infantil como um todo, para além do cinema americano. É desconstruir o olhar das crianças sobre o cinema infantil, já que muitos destes filmes não chegam no Brasil. Produções que elas não teriam acesso no cotidiano e que fogem da linguagem padronizada a que tanto estamos acostumados, mas trazem produções fantásticas e enredos maravilhosos”, sublinha Carina Bini, realizadora e curadora da mostra. “Quando se trata de filme brasileiro, a ideia é expandir os horizontes e sair do eixo Rio-São Paulo e mostrar a riqueza cinematográfica de diversos estados do País, destacando as animações”, ressalta.

Sobre o tema escolhido para a 2ª edição da mostra, “tolerância”, Carina Bini explica que a curadoria buscou inspirar crianças e jovens espectadores a valorizar a aceitação e a compreensão mútua, independente das diferenças culturais, sociais ou individuais. “Todos os filmes selecionados percorrem pelas instâncias da tolerância. A mostra é uma oportunidade para as crianças explorarem temas como diversidade, inclusão, respeito ao outro, ao diferente e ao meio ambiente. É preciso trazer esse tema para dentro da infância”, avalia.

Destaques

As animações prometem conquistar a criançada. Do Brasil, a mostra traz três animações da região Sul: “Tuca, o Mestre Cuca”, de Santa Catarina, o premiado curta paranaense “Napo”, e o longa gaúcho “As Aventuras do Avião Vermelho” (foto), inspirado na obra de Érico Veríssimo. Traz ainda “Fábulas Tortas”, animação da jornalista e escritora Dilea Frate, baseada em seu livro homônimo. De Brasília, traz a produção “Tiago e Ísis e os Segredos do Brasil”, de João Amorim.

Da produção nacional, fazem parte o longa-metragem“Tarsilinha”(RJ), selecionado para festivais nacionais e internacionais, incluindo o Children’s International Film Festival, na Austrália, e o longa “Tito e os Pássaros” (SP), pré-indicado ao Oscar 2019 na categoria de “Melhor Animação” e indicado ao prêmio de “Melhor Animação Independente” no Annie Awards (2019), considerado o “Oscar da animação”. O filme também é ganhador de prêmios internacionais como o Chicago International Children’s Film Festival (EUA), o Children’s Film Festival Seattle (EUA) e o Festival de Cinema de Havana (Cuba), e dos festivais brasileiros Anima Mundi (2018) e do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro (2020).

Animações francesas recentes e premiadas também se fazem presentes: “A Viagem do Príncipe”; “Calamity”; “Vanille” e “Yakari – A Fantástica Viagem”. A produção de animações infantis da Suíça marca presença com as obras “A Raposa e a Orelha”; “Domingo”; “O Último Dia do Outono”; “Cérebro Perdido” e “Marea”. Da Itália, chega uma série da célebre animação “Winx Club”, criada por Iginio Straffi, na qual as personagens viajam por cidades italianas.

Programação paralela estimula a imaginação

Além da exibição dos filmes, a mostra “Um Giro pelo Mundo – Navegando no Cinema Infantil” trará uma série de atividades artísticas e culturais, como oficinas, contação de histórias, espetáculos e atrações voltadas para a sustentabilidade. A programação paralela à exibição dos filmes acontecerá aos sábados e domingos, sempre às 16h, também no Teatro II do CCBB BH.

No dia 6 de janeiro (sábado), a artista Madu levará as crianças ao mundo da imaginação com a história de “Ananse”, uma aranha/gente, que se mete em enrascadas, mas usa a astúcia ou a artimanha para se safar.

Às vezes se dá bem e às vezes não. As histórias de Ananse, transmitidas oralmente e muito populares em Gana, África Ocidental, falam de costumes, tradições, ética e respeito, mantendo-se vivas na memória do povo há muito tempo. A oficina “Construção de Abayomis” será atração no dia 7 (domingo). As crianças serão convidadas pela artista Fabiana Brasil para a construção de objetos, como bonecas Abayomis, desenhos e brinquedos feitos com materiais descartáveis. Em seguida, acontecerá uma contação de história coletiva com todos os objetos construídos pelas crianças.

O Teatro II do CCBB BH será tomado pelas brincadeiras e jogos lúdicos musicais do projeto “Vamos Brincar Cantando?”, da Companhia Dois em Um, no dia 13 (sábado). Uma vivência brincante musical para crianças, realizada a partir da dramaturgia do texto teatral “A Língua do Fogo”, de Malu Grossi Maia, e de atividades que envolvem experiências sonoras acompanhadas de instrumentos musicais, rítmica corporal, jogos teatrais e contação de histórias. O texto de Malu tem como principal elemento a conscientização sobre o quão grave são as queimadas em áreas florestais, como isso afeta o habitat dos animais e, de forma lúdica e divertida, apresenta como podemos solucionar esse caso. Para isso, serão executadas ao mesmo tempo brincadeiras coletivas, jogos tradicionais e canções que brincam com as cores, com os nomes das crianças e dos bichos, com as coisas que são de comer, com os trens que embarcamos, com as estátuas que inventamos e com os afazeres que se dividem entre apertar botões. A contadora de histórias Madu retorna à programação no dia 14 (domingo), com a história “De Boca a Ouvido”, que fala da tradição oral afro-brasileira do encantamento pela escuta.

“Menineça Sabi”

O grupo Makambas Brincantes convida as crianças no dia 20 (sábado), a se divertirem com palhaçaria, cantoria, brincadeiras e contação de histórias, durante apresentação do projeto “Menineça Sabi: O Sabor da Infância”. Com as Makambas Brincantes todo mundo é amigo e brinca junto: porque brincando que a gente aprende a conviver com as diferenças.No dia 21 (domingo), as músicas e histórias musicadas de Ralphen Rocca serão as atrações. Além de canções já consagradas como “O Vira”, “O Gato” e “ O Leãozinho”, o repertório traz também canções autorais do Ralphen.

No dia 27 (sábado), Fabiana Brasil conta a história “Agenor”, que começa com um enigma e tem aventura garantida. Mas quem será capaz de desvendar esse mistério? A árvore misteriosa entregará seu fruto a quem conseguir responder à três perguntinhas.

A artista Só Papo promete levar a criançada pelo mundo da imaginação e das contações de histórias no dia 28 (domingo). No livro “Aqui&Aqui”, um garotinho se vê diante de um mistério intrigante: todas as noites, ele adormece na sua caminha, mas, ao despertar, está em um quarto na casa da vizinha. Ele decide, então, iniciar uma investigação, questionando se há um portal mágico entre as casas ou se alienígenas o transportam durante a madrugada.

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