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Mostra “Studio Ghibli” exibe animação japonesa

Mostra “Studio Ghibli” exibe animação japonesa
Crédito: Divulgação

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) realiza, até 27 de janeiro, no Cine Santa Tereza, a mostra “Studio Ghibli”, com uma retrospectiva dedicada a um dos mais importantes e tradicionais estúdios japonês do cinema de animação. A iniciativa organizada pela Fundação Municipal de Cultura e Secretaria Municipal de Cultura, reúne clássicos aclamados pela crítica e pelo público de todas as faixas etárias. A entrada é gratuita mediante retirada de ingressos no site www.diskingressos.com.br, ou na bilheteria do cinema.

Todos os filmes têm classificação livre. A programação completa do Cine Santa Tereza está disponível no Portal Belo Horizonte.

O Studio Ghibli, fundado em 1985, realizou mais de 20 longas de animação, além de curtas, telefilmes e coproduções. É conhecido pela perícia de seus realizadores – em especial Hayao Miyazaki e Isao Takahata, considerados mestres da animação japonesa. Além de ser celebrado pelo primor estético dos traços, as animações também se destacam por narrativas com abordagem de temas relevantes, como o meio ambiente, as tradições japonesas e o amadurecimento pessoal. O filme “Colina Kokuriko” (Goro Miyazaki, 2011), por exemplo, marcante pela trilha sonora e pelo visual, traz um romance inocente entre dois jovens, ambientado em um Japão do pós-guerra, no qual uma nova geração tenta prosperar sem perder a essência do passado.

Questões universais relacionadas ao amadurecimento, independência e insegurança também são temas de “O Serviço de Entregas da Kiki” (Hayao Miyazaki, 2004), nesse caso, ambientadas em um universo feminino. A animação, que apresenta um visual de cores vibrantes e saturadas, faz referência a uma suposta tradição, na qual as bruxas de 13 anos precisam deixar suas famílias na noite de Lua Cheia para aprender o ofício.

Outra característica presente em muitos dos filmes do Studio Ghibli é o modo como se ancoram em um universo fantástico. Em “O Reino dos Gatos” (Hiroyuki Morita, 2002), uma jovem é transportada em uma jornada fantástica para o Reino dos Gatos, onde é confrontada com as próprias questões, como acreditar em si mesma e apreciar a vida cotidiana. Por outro lado, Meu Amigo Totoro (Hayao Miyazaki, 1988), traz um universo fabular e folclórico, no qual duas garotas, que se mudam para o interior, descobrem que vivem perto de criaturas mágicas e de guardiões da floresta.

Ao longo de 37 anos, o Studio Ghibli produziu clássicos mundiais do cinema de animação, com destaque para “A Viagem de Chihiro” (Hayao Miyazaki, 2001), no qual uma garota se descobre sozinha em um mundo repleto de espíritos, criaturas fantásticas e feiticeiros. A animação, que é perpassada por reflexões sobre os espíritos, a ganância, o materialismo e o amor, consagrou o diretor Hayao Miyazaki com um Oscar de melhor animação e o Urso de Ouro no Festival de Berlim. Aclamada pela crítica internacional, a obra é frequentemente citada como uma das melhores animações de todos os tempos.

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