Museus municipais são abertos ao público
Dois dos mais importantes museus públicos da Capital foram reabertos ontem à população: o Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB) terá visitação de quarta-feira a domingo, das 11h às 18h, e o Museu da Moda de Belo Horizonte (Mumo) receberá os visitantes de quarta-feira a sábado, das 11h às 18h. Os espaços funcionarão atendendo a todos os protocolos de prevenção ao contágio pela Covid-19 determinados pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), incluindo o agendamento prévio, com a retirada de ingressos, gratuitamente, pelo portal da PBH.
Entre as medidas necessárias de prevenção ao contágio pela Covid-19 adotadas estão a capacidade máxima de uma pessoa a cada cinco metros quadrados nos espaços visitáveis e de circulação; o controle do fluxo de visitação, de forma a evitar aglomerações; a disponibilização de dispensadores com álcool 70% no acesso aos espaços expositivos; o aumento de intervalo entre visitas para higienização dos ambientes; além da restrição de acesso às obras de arte ou itens de exposição manipuláveis e proibição de uso de telas sensíveis ao toque nas exposições.
“A reabertura dos museus está sendo realizada com todo o cuidado necessário neste momento, permitindo que a população usufrua em segurança desses espaços culturais da nossa cidade”, destaca a secretária Municipal de Cultura e presidenta interina da Fundação Municipal de Cultura, Fabíola Moulin, que reforça as programações praticamente inéditas disponíveis nos espaços.
“Apresentamos novas exposições que foram recentemente inauguradas e abordam as mais diferentes temáticas, seja por uma imersão fotográfica pela história da moda no Brasil, como a mostra fotográfica Arquivo Urbano, no Mumo, até o contato com o rico acervo de obras gráficas do Museu de Arte da Pampulha, que pode ser conferido no Museu Histórico Abílio Barreto, na mostra Gráficografia”, explica.
No MHAB, seguem em exibição duas exposições, uma no Casarão e outra na Galeria do museu. A mostra “Complexa Cidade” é composta por dois circuitos: Habitar a Rua e Habitar a Casa. Por meio de objetos, vestígios arqueológicos, mapas, fotografias, pinturas e representações literárias, a exposição propõe ao visitante uma reflexão acerca da complexidade da cidade e das múltiplas maneiras de ocupá-la, abordando temas recorrentes à lógica da vida urbana, tais como personagens, rua, ocupações do espaço, mobilidade, trabalho, ócio, centralidades, ritos e poética urbana, entre outros.
Pampulha – Já na exposição “Gráficografia”, o MHAB destaca o acervo do Museu de Arte da Pampulha (MAP) e sua missão de fomentar a produção artística contemporânea. A mostra, que integra a programação do projeto “Pampulha Território Museus”, realizado pela Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Municipal de Cultura, em conjunto com o Instituto Periférico, apresenta uma seleção de obras gráficas do MAP, ao lado de importantes itens do Museu Histórico Abílio Barreto e de produções de artistas convidados. Em seu conjunto, a exposição irradia grafismos compostos com recursos das artes visuais e do design, e propõe uma reflexão acerca das linguagens e manifestações gráficas contemporâneas e suas influências no tecido urbano e social de Belo Horizonte.
O Mumo traz a exposição “Arquivo Urbano: 100 anos de fotografia e moda no Brasil”, com o registro das mudanças no modo de vestir dos brasileiros, traçando um panorama dos seus hábitos e costumes nos últimos 100 anos. Foram resgatadas fotografias oriundas de álbuns de família, instituições, museus e acervos particulares. Além de fotógrafos anônimos, que registraram o dia a dia de suas famílias, a mostra inclui também imagens de profissionais consagrados.
Outra exposição em cartaz no Mumo é “Alceu Penna – Inventando a Moda do Brasil”. A mostra coloca sob os holofotes o trabalho de criação do mineiro Alceu Penna por meio de recorte da sua carreira de sucesso. Nascido em Curvelo, Alceu é figura emblemática do cenário brasileiro. Transitou pelas áreas do design gráfico, jornalismo, ilustração, figurino, estilismo, publicidade, cenografia e, entre outras atuações, pode ser considerado o precursor do jornalismo de moda no Brasil. Ficou famoso pela criação das “Garotas”, seção que publicava, semanalmente, de 1938 a 1964, na revista “O Cruzeiro”, que revolucionou a moda e o comportamento no país durante esse período.
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